Em o filme ''O menino de ouro'', um casal perde seu único filho e assim decide iniciar uma visita á um orfanato, mas ao chegar lá não se agradam das crianças disponíveis, até que uma dessas foge da instituição e reaparece na porta do casal que assim a escolhe. Hoje, o processo adotivo teve um aumento significativo acompanhado de um estereótipo de interesse. Ora, o futuro do pequeno não é tido como primeiro lugar, mas antes as suas características físicas. Nessa perspectiva,há uma atuação de padrão no momento de escolha da criança. Os pais influenciados pela lógica imposta pelo homem branco, desde os tempos de colonialismo-a qual afirma a superioridade da raça branca por qualquer outra vigente. Reflexos desse dilema, são percebidos quando há um longo período em que crianças negras e pardas são submetidas nas instituições, muitas vezes passam parte de sua infância e adolescência nessa espera nada prazerosa aos menores. Dessa maneira, o preconceito racial ganhou-se mais uma vez espaço no cenário das agruras sociais. Ainda nessa óptica, outro olhar que pesa nos aspirantes a pais, seria a faixa etária dos meninos órfãos. A opção por crianças em fase inicial de vida- zero a dois anos está entre as mais requisitadas nas filas de cadastramento, enquanto que crianças maiores ficam á margem, sobretudo pelo argumento que permeiam em relação adolescentes- no tangente ao trabalho que é necessário lhe dá com o jovem em formação. As estatísticas do CNA (cadastro nacional de adoção) ratificam tal fenômeno ao expor que apenas 5% da população interessada em adoções optam por crianças acima de oito anos. Logo, faz- se imprescindível um mais amplo incentivo por parte da sociedade com essa minoria pouca escolhida. Depreende- se, portanto, em transmutar e promover igualdade nesses serviços em solos brasileiros. Para isso, é primordial o papel do Estado em fomentar campanhas junto com a atuação midiática sobre a adoção de crianças maiores e negras, a fim de que o padrão não seja mais o predominante. As ONG's façam trabalho de acolhimento e ensinos variados com as crianças dos orfanatos, para que tenham outros meios não só de distração mas de qualidade de ensino. Somente assim, vislumbraremos da proposta da atriz e cineastra brasileira Lucélia dos Santos '' Adotar uma criança é um processo natural da humanidade, expandindo- se sua solidariedade.