Título da redação:

Etnia, jovens e criminalidade.

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 16/06/2016

Etnia, jovens e criminalidade. Há pessoas que têm a sorte de nunca perder os pais, pois elas morrem antes. Há aqueles que têm a infelicidade de perder os pais ainda quando criança, com um entendimento tão pequeno quanto sua estatura. Mas a maior das tristezas é daqueles que esperam algum dia saber o que é ser chamado de filho, e morrem sem ter essa experiência. Essa última tristeza acontece muito no Brasil, pois a minoria dos jovens é adotado. Esse pouco acolhimento ocorre devido à exigência dos pais, que preferem crianças com pouca idade. Segundo o CNA, Cadastro Nacional de Adoção, pouquíssimos dos cadastrados para adoção são menores de quatro anos, mas a maioria das pessoas com intenção de adotar só aceitam essas crianças, sendo muito rara a adoção de um adolescente ou jovem. Segundo o mesmo órgão, o número de crianças pequenas e bebês nos abrigos diminui consideravelmente, mas o de adolescentes e jovens não. Certo é que, segundo o mesmo órgão, o número de adoção desses adolescentes e jovens têm subido, mas ainda é muito baixa. Essa pouca adoção dissolve a esperança dos abrigados mais velhos, que frequentemente fogem do local, podendo se prostituir, tornar-se bandido e até um homicida. Resolvendo o problema da pouca adoção de jovens e adolescentes, é possível que o crime no Brasil diminua. Algumas pessoas podem achar que há discriminação racial na adoção. Realmente há, mas, segundo o CNA, é muito pouca, e está diminuindo ainda mais com o passar dos anos. A maior discriminação é certamente com a idade. Os pais não querem adotar jovens, mas bebês ou crianças pequenas, para que possam acompanhar o desenvolvimento do filho de forma mais completa possível. Assim, claro é que a etnia não é uma questão considerável na adoção, mas a idade sim. Para melhorar isso, é necessário que o poder executivo faça mais universidades públicas e centros de especialização profissional, para que as pessoas tenham mais conhecimento profissional, oportunidades de trabalho e condição financeira, podendo, assim, criar os filhos de forma responsável, não os abandonar e até adotar outros. É necessário também que os meios midiáticos divulguem o problema da falta de adoção de adolescentes e jovens de forma responsável, no intuito de despertar empatia e comoção nas pessoas, para que elas adotem. Essas medidas certamente diminuirão o número de abrigados, podendo até diminuir a violência no Brasil.