Tendo sua primeira regulamentação datada no segundo milênio antes de Cristo, no Código de Hamurabi, a adoção desde então já apresentava conquistas e desafios. Atualmente, no Brasil, não é diferente. É então necessário atentar-se para esses fatores para solucionar o que ainda impede de esse processo acontecer sem distinção e preconceito. Antes de tudo, é necessário destacar os relevantes dados do Brasil. Segundo o Cadastro Nacional de Adoção (CNA), para cada criança na lista de espera, há 5 famílias querendo adotar, o que é uma conquista, pois são muitos nos abrigos a espera de um novo lar. Porém, ainda de acordo com o CNA, a maioria de pretendentes querem bebês de até 3 anos de idade e brancos, além de que 29% preferem meninas, quase 70% não querem os irmãos e 69% recusam os que tem alguma doença, seja ela física ou mental. Diante disso, torna-se claro a distinção que não só dificulta o processo, como faz com que os que fogem dos padrões impostos fiquem muio tempo na espera, muitas vezes só saindo dela na fase adulta. Ainda é necessário destacar o preconceito sobre o tema que ainda perpetua na sociedade. Com o ideal de família tradicional onde descendentes são do mesmo sangue dos pais, um filho adotivo nem sempre é visto com bons olhos. Tudo isso é maléfico para o próprio indivíduo, que acaba criando um sentimento de rejeição, não só pela sociedade, mas pelos próprios pais biológicos. Portanto, fica claro que apesar das conquistas, os desafios desse sistema sobressaem, sendo necessário medidas para mudar o impasse. Para isso, a mídia é responsável por disseminar campanhas que estimulem a igualdade e empatia, pois assim as pessoas se tornarão mais altruístas e farão menos distinção para a adoção, além de diminuir o preconceito. Também é importante que o setor judiciário seja mais rigoroso, não permitindo a separação de irmãos e coibindo a total escolha das crianças, limitando-se a escolher somente a idade, pois é direito dos mesmos. Assim essa realidade mudará e ajudará a sociedade ser mais igualitária, além da regulamentação inicial do Código de Hamurabi progredir sempre para melhor.