A Bíblia, livro sagrado e mais antigo da história, relata em êxodo a primeira adoção do personagem bíblico Moisés pela filha do faraó, acontecida de forma simples e entendida como um presente dos deuses. Nos dias de hoje, apesar dos impasses encontrados durante o processo adotivo, os casos de adoção no Brasil tem aumentado. Dificuldades na adaptação e no relacionamento; e as exigências dos "futuros pais" em relação algumas características das crianças são alguns dos problemas que surgem nessa caminhada. As exigências na hora da escolha do indivíduo é notória no decorrer da adoção. Essa cultura vem desde a antiguidade, onde recém-nascidos vistos como perfeitos eram escolhidos, passando por um treinamento específico para depois tornar soldados. Não bastasse a primeira rejeição acontecida pelos pais biológicos, a criança ainda pode ser rejeitada inúmeras vezes por diversas famílias. Nota-se uma busca maior por crianças brancas de olhos claros e cabelo liso, sendo as negras discriminadas não seguindo tal padrão exigido. Este fator é devido a sociedade, onde cria esteriótipos e faz com que os pais percam o real sentido da adoção, preocupando-se com a etnia. Outro fator que contribui também é a idade, a preferência por crianças em processo de formação é alta, as demais, vistas com idade superior a 4 anos sofrem com a adaptação e o relacionamento com a nova família, e em alguns casos, são novamente rejeitadas voltando aos seus antigos orfanatos. Portanto, medidas são necessárias para resolver este problema. O Ministério Público juntamente com os orfanatos poderiam promover ações e campanhas voltadas as famílias que desejam adotar mostrando as dificuldades encontradas neste processo, dando ênfase maior as crianças com idades elevadas independente de sua etnia que necessitam urgentemente de uma adoção. A escolha das crianças poderia ser atribuída aos psicólogos e pedagogos dos orfanatos onde características apresentadas pelas famílias seria decisivo para a escolha da criança, tirando a preferência exigida por eles. O contato e adaptação poderia ser aumentada, tendo um melhor acompanhamentos de assistentes sociais, para analisar possíveis indícios de rejeição antes de entregar a criança a nova família.