Família dinâmica, inserção da mulher no mercado de trabalho e questões atreladas a esterilidade. Situações como estas, fomentam por parte dos casais o desejo de adotar um filho, geralmente. Esse, por sua vez, deverá por obrigação dispor de características físicas ou psicológicas, ao menos semelhantes aos seus supostos pais. Devido a isso, muito se tem buscado pela perfeição em crianças que nem sequer apresentam mesmos genótipos e/ou tipagem sanguínea. Dessa maneira, apesar da medicina já atuar a favor da semelhança do provável filho dos casais, como a inseminação artificial, o processo de adoção é considerado bem mais "em conta" do ponto de vista capitalista, que segundo a Constituição Federal, exige das famílias estabilidade aquisitiva e psicológica. Sobre esse prisma, Darwin em sua teoria da conhecida Seleção Natural, afirma: todo aquele que fosse capaz de adaptar-se, estaria sujeito a deixar descendentes, ao contrário, seria extinto. Desse modo, o ser humano utiliza da teoria de Darwin, de modo que, o mesmo origina um verdadeiro processo seletivo, o que de fato é um grande equívoco, visto que todo o restante da população de crianças e jovens a espera de uma família estarão marginalizados, sujeitos posteriormente a maus tratos e até mesmo abandono. Portanto, é exibida por grande parte das famílias que optam pela adoção, a busca por características cada vez mais especificas possíveis, marginalizando outras outras que não se encaixam seus padrões propostos. Sendo assim, o governo deve amparar essas crianças de modo que haja um incentivo por parte das ONG'S na elaboração de projetos que visem a quebra de preconceitos enraizados na sociedade, e além do mais, para que isso de fato ocorra, o Estado deverá chamar a atenção das leis da Constituição, e se preciso, criação de outras especificas e regulamentação destas, como o objetivo de inibir tal exclusão.