Existem no Brasil cerca de 5,6 mil crianças e adolescentes em orfanatos esperando serem adotados, alguns dos motivos que levam a esse fato deve-se muitas vezes ao abandono, negligência dos familiares e violência física e sexual. Para cada uma dessas crianças carentes de família há seis pessoas ou casais interessados em adota-lo, uma demanda bem maior que a oferta, mas há alguma barreira impedindo que essas crianças sejam amadas por uma nova família. As crianças não atenderem ao perfil desejado pelos interessados é um dos motivos para que as adoções não se concretizem. Das crianças aptas a serem adotadas apenas 6% tem menos de um ano de idade e 32% são de pele branca, características que a maioria dos pretendentes buscam ao escolher uma criança para adotar. Esse perfil tão buscado foge da realidade dos orfanatos onde a maioria são maiores de 5 anos e não são brancos, esse perfil das crianças na fila de adoção pode ser explicado por a maior parte delas vir de setores vulneráveis da sociedade. Esse desafio precisa ser ultrapassado para que os pequenos ganhem uma família. Não podemos deixar de evidenciar as conquistas do processo de adoção. O incentivo a adoção tardia feito por órgãos do estado e associações vem sendo muito importante para dar chance aos adolescentes dos orfanatos. A justiça Brasileira tem evoluído no sentido de possibilitar a adoção por casais homoafetivos, até pouco tempo seria impossível pensar nisso, mais hoje está se tornando cada vez mais comum, se forem capazes de serem postulantes da adoção, o processo será o mesmo independente da orientação sexual. Para ultrapassar os desafios e alcançar mais conquistas algumas medidas precisam ser tomadas. O poder legislativo deve reformular as leis para facilitar a adoção e não torna-la mais burocrática, por sua vez o judiciário deve agilizar os processos para que as crianças não esperem ainda mais para ganhar sua nova família e que não haja desistência dos interessados devido ao demorado e burocrático processo adotivo. O setor midiático com sua tamanha influencia deve fazer campanhas contra o racismo e incitando a adoção tardia. E para os problemas culturais, os casos de adoção devem ser tratados de forma igualitária e flexível para qualquer conjunto de família.