No Brasil o processo de adoção é lento e tal morosidade muitas vezes acaba por reter crianças as crianças em casas de acolhimento durante muito tempo, diminuindo drasticamente a possibilidade de adoção .Outro agravante é o desinteresse das pessoas por crianças de ‘cor’. Há segundo o cadastramento nacional de adoção 30 mil pessoas e casais interessados em adotar uma criança, enquanto que existem apenas 5 mil crianças disponíveis para adoção . Apesar da procura ser muito maior que a oferta, grande parte das pessoas que desejam adotar não se interessam pelas crianças disponíveis para adoção, uma vez que o perfil mais procurado são aqueles que se parecem com os divulgados nos comerciais: crianças brancas, com menos de dez anos e sem defeitos físicos. As crianças disponíveis para a adoção normalmente são oriundas de camadas mais vulneráveis da sociedade. Devido ao abandono dos pais biológicos, da violência física e sexual . É fato que essas camadas são compostas majoritariamente pela população afra descendente (negros e pardos) em decorrência da histórica exploração do negro através da escravidão. Portanto não é coerente buscar as tais crianças de publicidade .Outro fator importante é o tempo já que crianças, “ mais velhas”, acima de 6 anos são procuradas apenas por 4% das pretendentes a adoção. Medidas como a conscientização através de campanhas publicitárias de potências pais adotivos sobre a importância da adoção para a criança, independentemente de características físicas. Além disso, a implementação de vias mais ágeis entre a chegada da criança a casa de apoio e a disponibilização para a adoção, configuram formas capazes de melhorar o processo de adoção no Brasil.