Família desestruturada. A mãe é prostituta. O pai foi preso. Os avós tentam criar, porém desistem. Então a criança vai parar no orfanato a espera de sua adoção. Essa é a realidade de mais de 5 mil pessoas no Brasil na faixa etária de 0 a 17 anos, as quais sofrem com a crueldade do abandono e têm como sonho encontrarem uma nova família. Nesse sentido, já houveram muitas conquistas, mas ainda existem muitos desafios a serem superados. Um exemplo famoso foi o caso da pequena Titi, uma criança africana adotada pelo casal Bruno Gagliasso e Giovana Ewbank, que mesmo podendo engravidar escolheu dar à menina uma vida digna e muito amor. A admirável atitude evita o surgimento de futuros bandidos, já que após os 18 anos não é permitido a permanência nos orfanatos, e assim muitos jovens entram para a vida do crime. Contudo, nem todos têm a mesma compaixão. Muitos casais exigem um fenótipo especifico: crianças brancas e com menos de 1 ano de idade. O problema é que a maioria dos órfãos no Brasil são negros e têm mais de 5 anos. segundo os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e casais muito novos não podem adotar crianças mais velhas devido a regra da diferença de idade, - no mínimo 16 anos entre o adotante e o adotado - logo impede a adoção dos infanto e adolescentes, os quais sofrem ao ver apenas os bebês ganhando uma nova família, Dessa forma, é indubitável que adoção deve ser incentivada. Cabe ao Governo, através do Poder Legislativo, modificar e criar leis a fim de facilitar o processo adotivo, tornando-o mais rápido e menos burocrático. Junto a isso, a Mídia, como formadora de opinião, deve divulgar a necessidade urgente de adotar, principalmente as crianças mais velhas, através de propagandas e campanhas em jornais e novelas, com objetivo de sensibilizar e mostrar à população o sonho dos jovens de terem uma família e receber amor. Por conseguinte, mais pessoas terão uma vida digna e a chance de se tornar alguém melhor por meio da adoção.