A adoção de uma criança é um gesto de amor e compaixão ao próximo. Entretanto, os adotantes dão preferência às crianças menores de 1 ano e brancas, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), deixando 5,6 mil crianças aguardando uma família. Em primeira análise, o processo de adoção no Brasil obteve algumas conquistas. Com a legalização dos casamentos homo afetivos, muitos casais têm adotado menores para constituírem suas famílias. Além disso, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) garante direitos ao adotado, isto é, todo o processo é supervisionado pelas autoridades competentes, com o adotante podendo responder criminalmente em caso de descumprimento da lei. No entanto, em segunda análise, ainda existem muitos desafios para que todas crianças tenham o direito à uma família. Segundo o CNJ, as preferências por crianças brancas deixam 67,8% das negras em desvantagem, ou seja, muitas chegam aos 18 anos sem uma família, à margem da sociedade. Ademais, muitos processos esbarram na burocracia, fazendo os candidatos desistirem da adoção. Portanto, associações e ONG’S devem fazer campanhas de adoção, com foco em crianças maiores de 5 anos. O Estado também deve agir, criando uma comissão no Congresso para desburocratizar o processo de adoção, principalmente nos casos de famílias homo afetivas. Além dessas medidas, a opinião pública pode ajudar a divulgar os benefícios de adotar uma criança, por meios de campanhas publicitárias, reportagens e personagens de novelas. Adotar uma criança é um ato de ternura e amor.