Desde seu surgimento na Roma antiga o ato de adoção é recorrente entre a sociedade. Adotar é a filiação artificial, não biológica por meio de ato jurídico, de um menor de idade, estabelecendo então vínculos paternais entre os mesmos. O processo adotivo no Brasil é debate recorrente em relação aos direitos do jovens, em que obtiveram muitas vitorias, outrossim enfrenta desafios ainda maiores. Depois de ser regulamentada pelo ECA- Estatuto da criança e do adolescente- o processo de adoção conseguiu sua maior conquista: situações adotivas efetivadas com medidas de segurança para ambas as partes envolvidas. No entanto, os desafios são grandes, além de toda a burocracia necessária, exigências por parte dos adotantes, sabotam a enorme fila de adoção no Brasil. Existem cerca de seis casais para cada menor que precisam de um lar, contudo, a situação que observa se é cada vez mais crianças sendo esquecidas nos lares adotivos, a justificativa para tal fato? Os adotantes idealizam sua criança, com características especificas: normalmente brancas e menores de cinco anos de idade, o que normalmente não condiz com o numero real de abandonados. No entorno de 50% dos jovens são negros e 90% maiores de 10 anos, são a classe dispensada pela maioria dos interessados em adoção. Essas crianças provêm de cenários de maus tratos, abandono e negligência, quando saem dos lares de adoção grande parcela não tem condição psicológica muito menos financeira para viverem sozinhos, podendo tornar se andarilhos ou entrar para o mundo do crime e das drogas. Portanto medidas são necessárias para dar suporte aos jovens. Deve se instruir casais a desmistificar a idealização de criança por meio de sessões com psicólogos, palestras e cartilhas que mostrem a diversidade étnica que existe no Brasil. O ECA juntamente com o governo federal deve garantir a segurança do jovem, por isso completados 18 anos, essas instituições devem ter parcerias com empresas, mercados ou qualquer outra instituição que empregue esses jovens, garantindo uma vida digna, ademais o processo de adoção deve ter suas etapas mais rapidamente analisadas pelos tribunais, para que casais não desistam do processo pela burocracia.