O número de crianças na fila de adoção no Brasil é crescente, e o número de pais em busca por um filho adotivo é quase o dobro, o que gera uma situação de adversidade. Qual a razão de não haver uma satisfação nesta busca de pais e filhos? O Brasil está preparado para a adoção? Segundo o estatuto da criança e do adolescente (ECA), toda criança tem direito à vida, educação, saúde, segurança e a convivência famíliar, entretanto, esta não é a realidade da maioria das crianças brasileiras, são constantes os casos de abandono, negligência , e ainda violência física, sexual e psicológica, fatos estes que levam os pais biológicos ou tutores do menos perderam a guarda destes. Em sua maioria as pessoas que buscam um filho adotivo já possuem um perfil pré-estabelecido da criança, majoritariamente há uma preferencia por crianças com menos de cinco anos e brancas, o que dificulta e aumenta o tempo de adoção deixando algumas ficarem nos abrigos até o tempo limite de dezoito anos. Para a adoção de uma criança não deve se considerar as características físicas, mas a necessidade sentimental de ambos os lados, pois é preponderante o número de crianças em abrigos que vem de setores mais vulneráveis da sociedade, a criação de um estereótipo de uma criança a ser adotada apenas contribuiu mais para os danos psicológicos sofridos por elas, bem como o sentimento de exclusão social. Outrossim é a criação de projetos por parte do governo federal que fiscalizem os métodos de adoção, e estimulem a adoção de crianças sem levar em conta quaisquer atribuições física, biológica e\ou psicológica. Há também a necessidade de um acompanhamento psicológico para as crianças adotadas e as do abrigo, para que se consolide uma formação pessoal e social, que supram as necessidades humanas destes.