É de conhecimento geral que no Brasil existem muitas crianças em situações de negligência ou de maus tratos, as quais seriam beneficiadas se acolhidas em outras famílias mais estruturadas. É verdade também que existem muitas famílias que desejam adotar uma criança, mas que não o fazem por causa de pré-conceitos com relação a idade e a cor da pele da criança. Deve-se ressaltar que a idade da criança é um grande tabu para as famílias que planejam adotar. Crê-se que a criança com mais de cinco anos já adquiriu os hábitos e valores do meio em que cresceu e por “temerem” que ela não se adeque a um novo núcleo familiar os casais preferem ficar na fila de espera (para adotar crianças menores de um ano) à adota- lá. Porém, esse “temor” é infundado a exemplo do jovem que foi interno da Fundação Casa e agora ganhou prêmio na feira de ciência da secretaria de educação de São Paulo. Tal fato evidencia que a educação que essa criança receberá vai influencia- lá mais do que seus primeiros exemplos. Outro empecilho para a adoção é a cor da pele, muitos casais desejam crianças brancas, mas 67,8%das crianças para adoção não são brancas. Pode-se dizer que a sociedade em geral reforça esse preconceito com piadas e perguntas vexatórias que frequentemente são feitas às famílias cuja cor de pele dos filhos não é igual à cor da pele dos pais. É verdade que esse problema pode ser amenizado treinando-se empatia entre as pessoas, como em uma propaganda comercial que circulou no Natal em 2012 e sensibilizou todo o publico, na qual uma mãe fala do amor que nutre por sua filha adotiva negra. A adoção no Brasil ainda tem muitas barreiras sociais que precisam ser derrubadas, porém, com um pouco de empatia isso pode se resolvido. Para isso as agencias de marketing poderiam, em uma relação de mutuo beneficio, utilizar o apelo sentimental da adoção para naturalizar- lá ao mesmo tempo em que associa seu produto a uma situação de amor. Ao mesmo tempo em que jornais e meios de comunicação divulgam mais informações sobre jovens que se ressocializaram, diminuindo o tabu da adoção de crianças maiores de cinco anos.