No Brasil, adotar já foi um processo mais burocrático e estressante. Hoje, com o apoio do advento dos Juizados da Infância e da Juventude e da legislação, está muito mais fácil adotar um filho. Segundo o Conselho Nacional da Justiça, o número de interessados em adotar uma criança de qualquer perfil, aumentou de 31,4% para mais de 37% em apenas dois anos. O que mostra uma conquista em relação ao processo adotivo no país. Cabe ressaltar o incentivo de órgãos do governo à adoção tardia por meio do Dia Nacional da Adoção, o que é muito importante, pois a maioria dos adotantes dão prioridades para crianças com menos de cinco anos de idade, o que aumenta mais a fila de espera de crianças fora do padrão procurado para adoção. Outra prova disso é o desafio de padrões procurados que o brasileiro precisa vencer. Além da questão da idade, há também a questão racial. As crianças preferidas para adoção são recém-nascidos brancos, isso faz com que muitas crianças e jovens em situações de abandono acabem sendo relegadas a viver num abrigo praticamente toda a infância e adolescência, aumentando ainda mais a solidão que o abandono as relegou. Portanto, apesar de já ter dado um grande passo, o Brasil ainda revela alguns problemas com o processo adotivo. Para reverter isso, o governo precisa flexibilizar as leis burocráticas e acompanhar individualmente cada caso. O mesmo deve incentivar, por meio de ONG’s, projetos que visem a quebra de preconceitos na sociedade. Desse modo, cada vez mais crianças e adolescentes serão adotados. Percebendo a importância do ato, os adotados de hoje serão os adotantes de amanhã.