O Brasil possui legislação a qual fala sobre o tema da adoção. A lei é muito clara ao afirmar que a adoção atribui a condição de filho ao adotado, porém na prática tornar-se adotado não é tão simples. Existem milhares de crianças esperando na fila de adoção, mas que talvez nunca sejam adotadas, por não se encaixarem no perfil desejado por aqueles que adotam. A questão da adoção perpassa claramente pela idade da criança adotada. O perfil de crianças buscadas é basicamente o mesmo: bebês, ou crianças pequenas de até três ou cinco anos. O que ocorre é que os adotantes têm receio de realizar a adoção com crianças maiores por medo de ficarem com uma criança dona de um passado de histórias pesadas. A questão racial também pesa aqui, pois algumas famílias desejam apenas crianças da cor branca, aumentando mais um problema já difícil, tendo em vista que a maioria das crianças na fila de espera é negra. Além do que, bebê seriam mais fáceis de serem moldados pelos novos pais. Para as crianças na fila da adoção a realidade pode ser chamada de triste. O filme "A família do futuro"(Disney) retrata com humor a vida de um rapaz na fila de adoção, mas mostra também como pode ser traumático para uma criança passar de família em família, sem nunca ser adotado definitivamente. Ficar por muito tempo na fila, vendo somente os mais novos serem adotados, certamente faz mal à cabeça de uma criança. A adoção é um importante processo de reintegração de crianças na sociedade. Os pretendentes a realizá-la devem passar por diversas etapas antes da adoção definitiva. Além disso, as campanhas de adoção realizadas pelas emissoras de TV e pelo estado devem incentivar cada vez mais a adoção das crianças de maior idade. Devemos lutar para o fim da fila eterna para esses pequenos, para assim colocá-los de vez na sociedade.