Título da redação:

A busca pelo filho perfeito

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 16/06/2016

O processo adotivo no Brasil surgiu no início do século XX e ao longo dos anos sofreu mudanças que facilitaram a adoção de uma criança ou adolescente. Quando esse processo surgiu, somente pessoas casadas e que fossem marido e mulher, poderiam adotar. Atualmente, a adoção pode ser realizada por pessoas solteiras e casais homossexuais. Porém, devido a preferência dos pais por crianças com determinada cor, sexo e idade, muitos meninos e meninas, principalmente,maiores de cinco anos ainda não possuem um lar. No entanto, o processo de adoção no Brasil, não possui somente desafios, mas também conquistas. Uma delas é a possibilidade de pessoas solteiras adotarem um filho. Antigamente, esse direito só era concedido a pais casados. Hoje em dia, pais e mães solteiros podem ter o filho, sem ter a obrigação de estar em relacionamento com alguém para conseguir a adoção. Assim, o número de adoção por solteiras está aumentando, principalmente entre as mulheres que sentem a necessidade da maternidade. Com isso, a criança passa a ter um lar o adotante sem cônjuge, o direito de ter um filho. Por outro lado, a predileção dos pais por determinadas crianças, exclui muitas outras que devido a esse fato continuam nos abrigos. No Brasil, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) há 5.624 crianças que podem ser adotadas e para cada uma delas há seis adotantes que podem adotá-los, mas não adotam. Os adotantes estão tendo preferência por menores de cinco anos e brancos, que representam a minoria nos abrigos.De acordo com dados do CNJ, 67,8% dos meninos e meninas não são brancos e 87,42% são maiores de cinco anos, ou seja, poucas dessas crianças serão escolhidas. Por consequência, a maioria crescerá nos abrigos e poderá no futuro, entrar para o caminho das drogas ou do crime, que poderiam ter sido evitados se tivessem tido uma família. Dessa forma, os quesitos dos pais para adotar uma criança, prejudica não só eles, que terão mais dificuldade em encontrá-la, como também outras crianças, que continuarão nos abrigos.Logo, é necessário a realização por ONG's e pela mídia, de campanhas de conscientização, com profissionais da área de adoção, pela internet e pela televisão,que conscientizem os adotantes sobre a importância de adotar crianças maiores, negras ou pardas, a médio prazo.Além disso, é preciso que o Estatuo da Criança e do Adolescente ( ECA),promova palestras nos abrigos, juntamente com psicólogos e assistentes sociais, convocando as pessoas que querem adotar uma criança, incentivando-os a adotarem outras crianças, que não correspondam aos seus quesitos, a longo prazo.