Acolher uma pessoa nunca vista antes e torna-la membro de sua família voluntariamente foi algo muito valorizado na antiguidade a fim de evitar a extinção do culto doméstico; hoje, no Brasil é um ato pouco praticado e considerado paradoxo para a sociedade. Além disso, a lentidão no processo de adoção no Brasil, a falta de recurso para criação de seus filhos e o modelo de crianças ideais criados pelas pessoas interessadas em adotar, contribuem para o aumento de crianças órfãs. Assim, faz-se necessária a inclusão de medidas vigentes a partir do estado que possam influenciar as pessoas a adoção, independente de perfil, para que essa problemática seja sanada. Em princípio, parte das crianças abandonadas são decorrentes a estado de extrema pobreza no país que, por falta de recurso, os pais acabam deixando seus filhos em abrigos. Porém, a familiarização com crianças e adolescentes é algo difícil pelo fato de as crianças já carregarem consigo costumes e hábitos obtidos no abrigo ou em sua antiga família, assim, sendo mais uma barreira para a harmonia na relação, por certo, esse é um fator que repele as pessoas e fomentam a busca por crianças menores de 1 ano, fonte Carta Capital. Também, a burocracia e a morosidade o sistema do processo de adoção desestimula as pessoas com o tempo de espera, o que de fato leva as pessoas a desistirem da adoção, Assim, as crianças são impedidas de se desenvolverem em um âmbito familiar. Outrossim, a insegurança de famílias em busca de crianças para adoção são causadas por a vários fatores, desde o medo do fracasso no relacionamento familiar entre os pais e a criança adotada, até o preconceito da própria sociedade, por adotar alguém que se contraste ao padrão da família que a mesma acolheu. Assim, as pessoas criam modelos de crianças ideais e constituem conceitos de que somente a partir daquele perfil idealizado que poderá existir êxito na relação de adoção, dessa forma, o número de pessoas interessadas crescem, não por falta de crianças disponíveis para adoção, mas por que as crianças não se encaixam no perfil buscado. Assim, temos a pesquisa divulgada feita pelo conselho nacional de justiça retirada do Cadastro nacional da Adoção, que mostra o numero de crianças para a adoção é menor que o numero de casais ou pessoas interessadas. Pode-se perceber portanto alguns fatores que dificultam a adoção no Brasil advindos de fatores internos e externos da sociedade. Assim, é necessário que o estado juntamente com o poder judiciário, procure através de profissionais qualificados, melhorias no processo de adoção, qualidade e rapidez para que as pessoas não sejam desmotivadas pela lentidão do processo. Consoante a isso, é preciso que o governo amplie medidas que possam atenuar o abandono a partir de um melhor apoio financeiro as famílias sem condições de manter seus filhos, assim impedindo o abandono. Também é necessária a ajuda da escola promovendo campanhas através de profissionais jurídicos que incentivem a adoção, aos futuros adultos sem distinção de perfil e por fim a ajuda da mídia televisiva através de campanhas que influenciem a adoção para a sociedade.