Título da redação:

A adoção como forma de inibição à violência infatil e integração afetiva

Tema de redação: O processo adotivo no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 17/06/2016

O corriqueiro adágio "o pior cego é aquele que não quer ver", circunda o paradoxo família almejando filhos versus elevado índice de menores abandonados no país.Há de se enfatizar as conquistas que o país obteve nesse quesito, como por exemplo a elegibilidade de casais homossexuais e pessoas solteiras para o pleito da adoção, por outro lado, o Brasil possui casas transitórias abarrotadas de crianças a espera de uma família, refletindo a imagem de um país que burocrático que afasta possíveis laços familiares. Dessa forma, consequências como opção pela criminalidade juvenil, evasão escolar, bem como violência infantil por parte dos genitores, são observadas, haja visto que essa se mantém pelo artigo do ECA que trata a adoção como última opção em casos de lares desestruturados. Atualmente observa-se a desconstrução dos moldes que traçam o perfil da família moderna brasileira. Casais do mesmo sexo, que até pouco tempo eram negados pela sociedade, hoje oportunizam melhores qualidades de vida e conforto emocional a parcela significativa de crianças. Portanto, há de se trabalhar para que essa reformulação seja aceita, assim como, mantida. Tendo em vista o pensamento aristotélico que remete à justiça como base da sociedade, logo, família continua sendo a união entre laços afetivos. Em contramão, o processo de adoção nacional enfrenta sérios gargalos. Primeiramente, trata-se de séria morosidade gerando desgastes em ambos lados envolvidos. Por conseguinte, e de relativa preocupação, pais biológicos de crianças com potencial para adoção, estão protegidos por lei que lhe asseguram a guarda do menor até as últimas consequências, sendo crescente o número de violência proferida contra esse grupo de indivíduos, a exemplo do bebê que sofreu inserções de dezenas de agulhas em seu corpo por parte do padrasto e da mãe. Diante do exposto, medidas que facilitem a adoção e a redução do número de permanência de menores nos lares judiciários se fazem necessárias. Em primeiro lugar, o setor judiciário deve criar novos ramos e repartições destinados, especificamente, à adoções. Para isso, empregando assistentes sociais, psicólogos e advogados com o intuito de agilizar as solicitações. Por seguinte, o Governo Federal deve destinar parte de sua arrecadação tributária para veiculação de campanhas pró-adoção fazendo uso de personalidades de influência nacional, como artistas que se tornaram pais por meio desse pleito. Por fim, ao passo que, como Kant referia-se," o homem é reflexo da educação que lhe é ofertada", o MEC deve retornar a obrigatoriedade da disciplina de Sociologia no currículo escolar, fato que foi suspenso nos anos ditatoriais e hoje é facultativo. Desse modo, alimenta-se o desenvolvimento da consciência de igualdade entre raças, prepara-se a sociedade para esse novo padrão familiar e preconizará o respeito entre indivíduos.