No que se refere ao uso da tecnologia no Brasil, percebe-se que, não é o seu uso um problema, mas o excesso desse uso, gerado por uma política consumista que traz consequências como o perigo da falta de socialização entre as pessoas do mundo real. Relativo ao consumismo, cabe-se lembrar que esse é um problema de contexto histórico que remonta o século XX e à industrialização desenfreada, que buscava produzir tecnologias cada vez mais avançadas para que a população consumisse em larga escala. Sendo assim, esse não é um problema exclusivo do Brasil, porém sim de um sistema capitalista presente na maioria dos países do mundo. Em consonância à esse fator, a venda excessiva de tecnologias no Brasil pode causar diversas anomias. Nesse sentido, e levando em consideração os dados de pesquisas feitas em 2018 pela We Are Social e pela Hootsuite, onde revelam que os brasileiros gastam, por dia, um número superior a 9 horas navegando na internet, é que observamos a consequência mais recorrente desse uso excessivo: a falta de socialização entre as pessoas próximas, no mundo real. Uma vez que essa é uma questão um tanto irônica, já que a tecnologia - que é toda invenção humana destinada a solução de problemas - nesse caso a barreira da comunicação à distância, acaba criando uma outra barreira, a da comunicação fora do ambiente virtual. Não é incomum em bares, restaurantes e lanchonetes de todo o país encontrar amigos e familiares em uma mesma mesa, conversando com pessoas há milhares de quilômetros, sem haver interação entre eles, que estão lado a lado. Segundo Steve Jobs, "a tecnologia move o mundo, portanto, como toda ferramenta, o seu uso deve passar por um processo educacional para que o seu uso torne o mundo, de fato, um lugar mais conectado.