Sem dúvidas as Revoluções Industrias transformaram as relações sociais. Após a 4ª Revolução Industrial, por exemplo, a tecnologia da comunicação e as plataformas digitais foram altamente desenvolvidas, o que proporcionou a vários brasileiros o uso excessivo de tais tecnologias. Por isso, é fundamental entender as consequências que essa problemática desencadeia: o vício e a marginalização da vida social. De fato, o uso excessivo da tecnologia entre os brasileiros, na maioria dos casos, provoca o vício. Muitas pessoas ocupam o seu tempo ocioso por meio de jogos virtuais ou mediante o acesso a plataformas digitais como o Facebook e o Instagram, ou até mesmo preferem ficar navegando na internet a trabalhar ou a estudar. Prova disso, é o abandono da escola por jovens e adolescentes para ficarem em casa utilizando a rede, como descreve o site Tribuna da Internet. Com efeito, o uso compulsivo de tecnologia pode ser considerado um transtorno psicológico e, por isso, no início de 2018, a Organização Mundial da Saúde (OMC) passou a enquadrar o vicio em videogames como uma doença mental. Diante disso, não se pode esquecer que ao fazer o uso excessivo de tecnologia as pessoas marginalizam a socialização. Isso acontece porque quanto maior o tempo dedicado ao uso da tecnologia, menor será o tempo destinado às relações sociais, como o diálogo ou um passeio com um grupo de amigos. De acordo com Bauman, essa fragilidade dos laços sociais é característica marcante da sociedade pós-Moderna. Em sua obra " Modernidade Líquida", o filósofo afirma que, na contemporaneidade, as pessoas tendem a marginalizar as relações sociais e se tornarem individualistas. Embora Bauman não tenha defendido o uso excessivo de tecnologias como contribuinte do individualismo, pode-se afirmar que isso corrobora com tal problemática, já que as pessoas preferem ficar isoladas, utilizando celulares e computadores a estar em contato com outros indivíduos. Portanto, se faz necessária a criação de um novo conteúdo escolar que vise educar as pessoas desde a infância sobre o uso adequado e racional das diversas tecnologias, para que a frequência de pessoas em condição de vício diminua, assim como, a de quem marginaliza a vida social. Nesse viés, cabe ao Ministério da Educação, órgão de alcance nacional que planeja a diretriz escolar, inserir esse novo conteúdo na matriz curricular das escolas brasileiras, dos anos iniciais ao ensino médio.