A Segunda Guerra Mundial foi um marco histórico importante para o avanço das tecnologias. Posteriormente, surgiu a internet, benéfica para diversos setores da sociedade, porém, teve como consequência o uso indiscriminado e seus dilemas. Tais fatos evidenciam a necessidade de discussão acerca do problema. Em primeiro plano, é preciso atentar-se a diminuição das interações entre os indivíduos. Nessa perspectiva, a máxima do sociólogo Zygmunt Bauman sobre as relações líquidas e o individualismo contemporâneo cabe perfeitamente. Logo, é notório a contradição explicita no fato das redes sociais que foram criadas para aproximar e facilitar a comunicação, serem as mesmas que diminuem os relacionamentos. Desse modo, têm-se como consequência diversos problemas como a depressão causada pelo isolamento e problemas no trabalho e colégio devido ao uso exacerbado e a procrastinação. Além disso, a precocidade da inserção da tecnologia na vida das crianças é um dos contribuintes para a problemática. Tal fato fica evidente na existência de tablets destinados a crianças e “modo kids” nos smartphones. Por conseguinte, a longo prazo, as crianças terão uma diminuição do raciocínio, afetando o desempenho escolar e influenciando a formação dos futuros adultos. Essa antecipação que influi sobre o impasse funciona como um forte empecilho para sua resolução. Depreende-se portanto, que diante da urgência de suprimir esse contratempo, o Ministério Público deve promover palestras em empresas e escolas sobre a existência da condição de vício, ministradas por psicólogos. Ademais, essas devem ser webconferenciadas nas redes sociais do ministério, afim de atingir maior público. Paralelo a isso, o Ministério da Educação deve convocar reuniões com pais e responsáveis para alertá-los sobre as consequências da exposição de crianças a internet e orientá-los a impor limites. Dessa forma, as pessoas ficarão conscientizadas sobre o imbróglio e extinguir-se-á, gradativamente o uso excessivo de tecnologias no Brasil.