Partindo da afirmação metafísica de que todo ser caminha para a consumação de sua natureza, o filósofo Aristóteles defende que o fim do homem é o “bem supremo”- materialização de todo o potencial humano. Contudo, o demasiado uso de tecnologia nas relações sociais comporta-se, infelizmente, como um empecilho para o estabelecimento desse ideal aristotélico. Diante disso, a fim atenuar esse revés, é necessário analisar suas causas e consequências, além de propor uma possível medida que possa mitigá-lo. É fundamental pontuar que a inobservância social age como um propulsor desse problema. Nesse sentido, o esclarecimento, para o filósofo Immanuel Kant, é a capacidade que os indivíduos têm de questionar a legitimidade dos sutis desvios morais enraizados na cultura popular. Percebe-se, dessa forma, que a análise do uso intensivo de redes de comunicação virtual, por exemplo, ainda é negligenciado pelos setores sociais, visto que, para 64% das pessoas -segundo o correio 24 horas-, a primeira ação do dia é verificar as notificações nas redes sociais, evidenciando não só um controle ideológico por parte das mídias, como também a inobservância social. Outrossim, em decorrência desse uso desmedido pela família -principalmente-, tem-se o suicídio como consequência ponderante. Seguindo esse pensamento, quando essa instituição passa cada vez mais tempo “on-line”, possibilita que os desvios comportamentais típicos de quem comete suicídio passem despercebidos aos membros, tornando a concretização do ato de ceifar a própria vida provável. Aludindo isso, segundo o Relatório Setembro Amarelo, cresceram concomitantemente os números de suicídios e os de inserção de celulares no brasil após 2005. Portanto, cristalização do “bem supremo” no Brasil torna-se, lamentavelmente, uma utopia, o que necessita de uma medida eficaz para efetivá-lo. Destarte, visando amenizar o uso exacerbado das tecnologias no Brasil, o Poder Executivo, assistido pelo Ministério da Cultura, deve fomentar uma maior interação física entre os brasileiros. Ele fará-o por meio da criação de concursos culturais objetivando a participação conjunta da família, oferecendo prêmios que proporcionem maior engajamento no meio intra social, como viagens, shows ou teatros. Espera-se, com isso, desenvolver um Brasil esclarecido e observante para que possa usufruir do “bem supremo” aristotélico.