Historicamente, a revolução informacional possibilitou o dinâmico fluxo de informação com a interação entre leitores e comunicadores. Nesse viés, as novas tecnologias, como o celular conectado à internet, desempenharam papel significativo nessa mudança. Entretanto, o uso excessivo da tecnologia entre os brasileiros acarretou graves consequências, dentre elas, o aumento das vítimas de insônia e infarto. É sabido que as luzes emitida por telas de celular diminuem em 50% a secreção de melatonina, hormônio responsável pelo sono. Desse modo, a insônia está relacionada ao uso intensivo do celular à noite. Assim, o cidadão que utiliza a tecnologia perto do horário de descanso tem seu sono prejudicado, e, consequentemente, sua capacidade física e mental deficiente. Portanto, fica claro que o indivíduo deve priorizar seu sono e abster-se do celular quando próximo de seu horário de dormir. É importante salientar que o infarto está vinculado a menos horas de sono. Pesquisas recentes realizadas pelo Instituto do Sono constataram que o corpo, quando submetido à condições que limitam sua regeneração, funciona com maior esforço em determinados órgãos, como por exemplo o coração, e a pressão arterial do indivíduo aumenta, por conseguinte, seu risco de infarto. Em vista disso, é nítido que o ser humano necessita descansar e o celular pode ser um empecilho nesse objetivo. Segundo Heráclito de Éfeso, "nada é permanente, salvo a mudança". Destarte, medidas precisam ser tomadas para que a população brasileira não seja vítima do uso exacerbado da tecnologia. Por isso, cabe ao Ministério da Saúde em sinergia com o Ministério da Educação implementar campanhas de conscientização por meio de cartilhas educativas, contendo informações sobre as consequências do uso excessivo da tecnologia na saúde mental e física do cidadão, a fim de induzir a adoção de novos hábitos pela população. Também cabe as empresas de tecnologia privada disponibilizar em todos os celulares a função "hora de suspender o uso", mecanismo que será pré-programado pelo usuário que será notificado quando ultrapassar a quantidade de hora desejada, em prol de promover segurança à saúde do usuário. Tais medidas possibilitarão o combate sobre o uso excessivo da tecnologia e prevenirá a insônia e o infarto de milhares de brasileiros.