Ainda é obscuro o quão presente são os efeitos da nomofobia no cotidiano. A participação das televisões, por exemplo, é um fenômeno que precede a utilização dos smartfones. A facilidade com que os brasileiros aderem a novas tecnologias é admirável, mas ao mesmo tempo preocupante. Admirável porque, como conta Charles Duhigg em seu livro"O poder do hábito", as rotinas são estimuladas por um ciclo de "deixa" e "recompensa"(como ele chama); assim, a peculiaridade de centralização das TVs nas casas é uma característica que facilita a absorção de informação após um dia cansativo. De maneira semelhante, é alarmante pois gera o hábito de passividade e improdutividade frente as novidades. E com o maior acesso à informação também houve a banalização, perda de senso crítico e falta de concentração. Igualmente à centralização dos televisores, a inserção dos smartfones gerou uma mudança da localização do conteúdo, pois no lugar do compartilhamento dessa finalidade ela foi para a palma da mão e assumiu características individuais. Dessa forma foram potencializados os malefícios do mundo informacional, gerando indivíduos ansiosos por saber de tudo a toda hora. Tal fato propiciou transtornos ainda mais complicados, como: ansiedade, transtorno de deficit de atenção com hiperatividade; isso para citar alguns exemplos do que geram hábitos impensados. Por fim, visando uma utilização mais saudável a respeito das modernidades do mundo globalizado, o ministério da educação deve praticar a instrução digital de crianças, jovens e adultos de forma responsável, tendo a atenção de instruir claramente os ótimos recursos, mas também os perigos de tendências nomofóbicas. Assim como as instituições e organizações de entretenimento devem diversificar a produção e a forma de consumir o seu conteúdo.