Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, com a Revolução técnico-científica informacional, a tecnologia passou a ter uma interferência mais direta no cotidiano das pessoas. No entanto, esta relação cada vez mais intensa e próxima com o indivíduo contribui para a liquidez das relações e o declínio da formação crítica humana. A priori, vale-se ressaltar que o sociólogo polonês Zygmunt Bauman irá analisar nossa era como a era de interações sociais volúveis, efêmeras e individuais, as quais possuem tais características advindas do mundo globalizado, digital e tecnológico em que se vive. Partindo desta análise das relações, vê-se o quanto a tecnologia influenciou nesta transformação, na medida em que por meio de aplicativos pode-se escolher pessoas para encontros como se estivesse escolhendo uma comida ou até mesmo deixa-se de interagir com alguém presente fisicamente para receber um bombardeio de assuntos através das mídias sociais. A posteriori, pode-se, também, analisar como tal tecnologia, que deveria ajudar na formação do pensamento crítico, leva a alienação a partir da análise feita pelo sociólogo alemão Robert Kurs em seu texto “a ignorância da sociedade do conhecimento” no qual critica a vigente era da informação com conteúdos triviais. Diante desse texto, vê-se que tal alienação é promovida pelo uso excessivo dos aparelhos eletrônicos, pois devido ao bombardeio de informações promovido, a todo segundo, por meio deles dificulta-se o conhecimento mais aprofundado sobre um assunto já que se torna difícil selecionar o que é realmente construtivo em meio a tantas trivialidades e assim tem-se a formação de uma sociedade de impacto construída a partir de informações superficiais. Portanto, conclui-se que o uso excessivo de tecnologia é prejudicial para a sociedade tanto na questão comportamental quanto na criticidade. Dessa maneira, é imprescindível a ação do Ministério da Educação para promover a construção de um pensamento reflexivo nas crianças, por meio de aulas interdisciplinares com temas diversos, que incentive a pesquisa de cada um sobre o assunto e o debate em sala de aula, promovendo assim o convívio com múltiplas visões sobre um assunto e o aprofundamento sobre ele, a fim de formar cidadãos que não apenas absorvem conteúdos.