"No meio do caminho tinha uma pedra”. No poema de Carlos Drummond de Andrade, há uma queixa de interferência em sua trajetória, o que faz correlação à atualidade tecnológica, onde o controle de dados na internet é um fator contribuinte para escassez o avanço moral da mesma, podendo também, ser indicada como empecilho à formação crítica do indivíduo. É de suma importância lembrar que durante a ditadura militar, em um governo totalitário com aversão à liberdade de expressão, os meios de comunicação foram controlados, hodiernamente, anúncios virtuais são manipulados na medida em que o internauta pesquisa e visualiza, resultando em falsa autonomia de escolha. Convém salientar à causa precípua do impasse, a internet como influenciadora opressora, a qual submete o cidadão à compras prescindíveis com promoções inexistentes, expostas apenas com o intuito de padronização do consumo, o que torna indiscutível a frase do contista João do Rio, “O homem é o animal que acredita - principalmente no absurdo”. Vale ressaltar que a carência educacional é um dos fatores que perpetuam a problemática. A população após o ápice da tecnologia após a Terceira Revolução Industrial, se alienou a diferentes fontes de informação e opinião, como jornais e livros, os quais podem ser considerados indispensáveis para conhecimentos perduráveis. Em virtude dos fatos mencionados o Ministério da Educação deverá expor a importância de matérias como sociologia e filosofia na grade curricular de todas as escolas e cursos técnicos, com trabalhos de desenvolvimento do senso crítico, o que formará seres pensantes e não propícios à influência, pois só a educação transforma a sociedade.