Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Deficit habitacional no Brasil

Redação enviada em 14/09/2018

No início do século XX, o prefeito vigente, Pereira Passos, instaurou uma série de reformas urbanas no centro do Rio de Janeiro, objetivando transformar a cidade em uma Paris do século XIX. No entanto, essas reformas agravaram diversos problemas já vividos pela parcela mais pobre da sociedade brasileira, visto que essas pessoas foram obrigadas a abandonar as moradias e buscarem novos ambientes com uma menor infraestrutura e, consequentemente, mais economicamente acessível, surgindo as favelas. Nesse sentido, pode-se inferir que as raízes históricas brasileiras têm contribuído para o deficit habitacional no Brasil, tornando-se, dessa forma, uma questão passível de intervenções. Mormente, é de suma importância salientar que o abismo entre as classes sociais é um dos principais contribuintes para as dificuldades enfrentadas nas moradias brasileiras. Destarte, é notório que as condições financeiras definem o grau de escolaridade, que define os salários, os salários definem as moradias que, em maioria, têm apresentado precariedade, pois, segundo a DIRPF apenas 10% da sociedade brasileira contém mais de 50% de toda a renda brasileira, deixando mais de 115 milhões de brasileiros viver com menos de um salário mínimo de renda mensal per capita tendo que arcar com alugueres, alimentação, educação e saúde, já que nenhumas dessas bases lhes são disponibilizadas. Desse modo, é notório que há uma constante reafirmação que a teoria do super homem de Nietzsche, em que o indivíduo deve viver de forma plena na sociedade livre de preconceitos e desigualdades, torna-se continuamente mais distante da realidade dos brasileiros. Ademais, insta ressaltar que a falta projetos governamentais com o intuito de melhorar as condições das habitações da população. No entanto, de acordo com o artigo 5º da Constituição Brasileira, o Governo deve assegurar a toda população acesso a moradias de qualidade. Todavia, essa não tem sido a realidade brasileira, haja vista que, segundo a CUT Brasil, 54,6 milhões de pessoas ainda moram em condições precárias. Isto posto, é notório que, mesmo estando assegurada, ainda assim, a população brasileira sofre com a falta de engajamento governamental acerca dessas políticas, uma vez que, por ser um país capitalista, a busca pelo lucro é continuamente posta na frente do bem-estar social corroborando para o aumento desse deficit. Torna-se evidente, portanto, que, caso nenhuma medida seja tomada, as habitações brasileiras continuarão sendo um problema enfrentado pela população. Desse modo, é preciso que o Governo Federal crie programas habitacionais de construção de prédios, em que as obras serão realizadas pela população desempregada, e depois as habitações construídas serão disponibilizados para os economicamente desfavorecidos, gerando, assim, empregos e moradias para a sociedade. Além disso, é necessário que os governos estaduais levem para as áreas mais pobres, que não apresentam infraestuturas, saneamento básico e água potável, melhorando a qualidade de vida dos milhões de habitantes, além das melhoras na área da saúde, porque o saneamento básico evitará que doenças que são transmitidas via fecal-oral se propaguem. Dessa maneira, os problemas causados pelos governadores que queriam apenas garantir a beleza das cidades começarão a ser sanados, e a sociedade brasileira deixará de viver de forma precária.