A Primeira Revolução Industrial no século XVII causou um fluxo populacional do campo para a cidade denominado êxodo rural. Essa ação desencadeou uma acelerada urbanização e a degradação do espaço urbano. Ainda hoje, pode-se observar os impactos do "inchaço" urbano decorrente de tal movimento, assim como a desigualdade socioespacial. Na literatura, o livro "O cortiço", de Aluisío Azevedo, retrata a urbanização no Brasil, destacando a segregação espacial e a visão determinista da sociedade. Além de errônea e antiga, essa visão ainda permeia a sociedade, dificultando a ascensão social diante do preconceito instituído durante a formação da identidade nacional no século XIX, contribuindo com a exclusão e marginalização dos mais pobres. Ademais, o capitalismo e seus meios de acúmulo de capital dificulta a mobilidade social, visto que privilegia os mais ricos, aumentando o abismo social que potencializa o processo de favelização. Esse evento assemelha-se com a obra "Por uma outra globalização", do geografo brasileiro Milton Santos, em que a distribuição de riquezas e o acesso ao desenvolvimento é desigual e perverso. Dessa forma, é necessário que o Ministério da Educação invista na garantia do ensino público de qualidade através da implantação de políticas públicas de inclusão e na melhoria da infraestrutura das escolas públicas, minimizando assim, a diferença de ensino e oferecendo oportunidades de ascensão social através da educação. Ademais, cabe ao Governo Federal o aumento da viabilização de verbas para a construção de moradias populares, com o intuito de proporcionar melhores condições de vida aos desabrigados e à população que vive em condições precárias, garantindo a dignidade e proporcionando a inclusão desses.