Observa-se na sociedade brasileira empecilhos referentes à questão habitacional, como casas com baixa infraestrutura, alto aluguel e o adensamento excessivo nos domicílios. Esses fatores representam um problema que afeta milhões de brasileiros. Consoante à Fundação João Pinheiro, em 2014 haviam 11,3 milhões de famílias morando em locais com carência de infraestrutura básica. Embora o Governo Federal ofereça o programa Minha Casa Minha Vida, esta medida se provou ineficiente ao longo do tempo devido ao alto gasto, problemas jurídicos entre os envolvidos e alcance insuficiente. Destarte, aqueles com renda baixa recorrem à moradias com falta de água encanada, eletricidade, saneamento básico dentre outros problemas, muitas vezes apresentando também coabitação, resultando em adensamento excessivo domiciliar. Essa situação causa insatisfação nos moradores devido ao fato de que é a única opção dada à falha do sistema público. De forma semelhante ocorre com aqueles que possuem renda um pouco maior, só que desta maneira o déficit habitacional se apresenta na forma de aluguéis abusivos e também adensamento excessivo, respectivamente devido à alta demanda por casas para alugar e mais de uma famílias dividindo a mesma moradia. Isso incorre em valorização injusta de imóveis e consequentemente menores oportunidades para as famílias de baixa renda. Malgrado à criação e sustento do programa Minha Casa Minha Vida, o déficit habitacional não tem diminuído. Para se cumprir aquilo que está escrito na Constituição da República em seu artigo 6º, onde saúde, segurança e moradia são direitos sociais do cidadão, urge uma medida para realocar as famílias necessitadas à casas adequadas. Como construir casas do zero custa muito, o Governo Federal deve se apropriar dos diversos prédios abandonados das grandes cidades, reformá-los e oferecer aos carentes a oportunidade de alugar apartamentos a preço de custo onde eles pagariam apenas pela água e eletricidade, não devendo nada ao proprietário, neste caso, o Governo Federal. O cumprimento dessa medida deve diminuir o déficit e possibilitar a essas famílias a chance de se estabilizar e progredir economicamente.