"A civilização não suprime a barbárie, aperfeiçoa-a". O pensamento do Voltaire, filósofo iluminista do século XVIII, nos permite a refletir, em nossos dias, sobre como o deficit habitacional no Brasil representa um problema a ser enfrentado de forma mais organizada pela nossa sociedade. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas desse impasse em nossos dias. Da mesma forma que a Revolução Francesa, na qual inseriu-se Voltaire, houve uma grande negligência por parte dos governantes em relação ao seu povo, hoje percebemos que esse descaso com a população vem aumentando constantemente. Pessoas que buscam simplesmente uma forma de vida digna, como o seu direito de possuir um local para morar, são expostas às péssimas e humilhantes condições residenciais nos quais vivem. É inadmissível um país em que se paga tanto imposto o abandono e a irresponsabilidade do Estado sejam tão grande. Além disso, o alto preço da locação dos imóveis nas grandes metrópoles contribui, sem dúvida, para os índices de sem-teto. De acordo com o site G1, o valor médio do aluguel de residências nas grandes cidades é de R$28,38/m². É inaceitável a população ter que escolher entre melhores condições de moradia ou possuir um alimento em seu lar. Desse modo, a falta de um lar a população requer medidas mais efetivas para ser amenizado em nosso dias. Nesse sentido, o Governo Federal deve promover mais fiscalização, por meio dos prédios abandonados por diversos anos e que não possuem utilização, com o intuito de disponibilizar a população mais carente um local para viver dignamente. O objetivo dessa medida é tornar os ideias de liberdade, igualdade e fraternidade uma medida prática e não apenas uma aspiração teórica.