Com o processo de industrialização das grandes cidades, no Brasil, houve um significativo êxodo rural da população em busca de melhores condições de vida, no entanto, quase sempre essas cidades não possuíam e ainda não possuem infraestrutura e planejamento adequados para acomodação de toda essa população, gerando assim sérios problemas sociais e uma população que torna-se, muitas vezes, apática a própria situação. Foi noticiado recentemente em rede nacional sobre o desabamento de um edifício, no Largo do Paissandu, no centro da cidade de São Paulo, escancarando problemas habitacionais e principalmente desigualdades sociais gigantescas existentes no país. Essas habitações irregulares geram além de acidentes como esse, o aumento do risco de disseminação de epidemias devido as péssimas condições de higiene em que essas pessoas vivem, além de após graves acidentes desse tipo crescer o número de pessoas vivendo em situação de rua, o que pode aumentar consequentemente a violência. É importante destacar também que os problemas habitacionais, no Brasil, também estão relacionados a dificuldade da população carente a posse de terras, gerando assim construções irregulares e arriscadas, como em encostas. É interessante notar que esses problemas estão enraizados na nossa história, um exemplo disso foi a lei de terras elaborada no ano de 1850, que dificultou o acesso as terras para os negros e imigrantes que estavam vindo para o Brasil, ficando assim de posse dos grandes latifundiários. Dessa forma, é de extrema importância que o Governo Federal possa intervir nesses problemas habitacionais do Brasil, utilizando, por exemplo, o senso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) como uma ferramenta de estudo sobre as condições de moradia da população de cada região e assim criar projetos sociais que possam atingir a real necessidade de cada região específica, como a construção de casas e aumento de empregos, oferecendo assim boas e condições básicas de vida.