Assim como Fabiano, protagonista do romance regionalista Vidas Secas de Graciliano Ramos, o Brasil enfrenta um grande problema com relação a habitação da sociedade. Apesar de não possuir um dos maiores índices demográficos, o país e o quinto mais populoso do mundo e não tem sido capaz de administrar o contingente de pessoas que vem aumentando cada dia mais e, não conseguindo assim, assegurar a todos; moradia, trabalho, lazer, saneamento básico entre outros deveres. É notório que, assim como nas civilizações asiáticas atuais e europeias da Idade Moderna, a falta de controle e investimento do Estado em políticas que contivessem a explosão populacional fez com que a nação brasileira crescesse muito após a independência, em 1822. Contudo, a quantidade de moradia e distribuição igualitária de terras não acompanhou o mesmo ritmo, aumentando a desigualdade e fazendo com que majoritariamente as pessoas se concentrassem nas zonas periféricas criando assim os cortiços e favelas que se encontravam ao redor dos centros urbanos. A partir da má administração das terras do Estado, criando e deixando a mercê do tempo prédios e edifícios, foram criados movimentos de reivindicações destas posses como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) que com o tempo acabaram invadindo e ocupando tais locais gerando problemas com o estado, sendo alvo de diversos conflitos com a polícia. Ademais os que não fazem parte e não tem condições de subsidiar casas em forma de aluguel, acabam residindo nas ruas e viadutos das cidades. Conclui-se que o déficit habitacional é um problema é medidas devem ser tomadas para resolve-lo. Primeiramente, deve-se haver uma reestruturação e reforma de longo prazo nas posses do Estado feita pelo Ministério das Cidades planejando para que, aquelas que não estão sendo usadas sejam reformadas e convertidas em habitação popular de baixo ou nenhum custo, visto que mesmo com a criação do programa Minha Casa Minha Vida não foi possível abrigar grande parte dessa população. Ademais, deve-se haver uma maior distribuição da população a fim de não concentrar um alto número de habitantes em poucas regiões, aumentando o problema, sendo fornecidas a elas saúde, moradia, lazer e possibilidade de se estabelecer e viver para que não se tenha, assim como Fabiano, que viver em um constante ciclo de procura por um lar.