É consenso que, no Brasil, esteja ocorrendo um deficit habitacional. Dentre tantos fatores, tem-se que havia 11,3 milhões de famílias residindo em ambientes com condições inapropriadas, tais como a falta de energia elétrica, rede de abastecimento de água e uma rede de esgoto integrada, segundo dados da Fundação João Pinheiro (FJP), em 2014. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o direito à moradia é um direito social, o qual é garantido pela Constituição Federal, de 1988. Contudo, nem sempre esse direito foi assegurado pelo Poder Público. Nesse cenário, vale lembrar do caso histórico ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, conhecido como a Reforma Pereira Passos, esse projeto teve como finalidade a modernização do município, o qual era até então capital do país. Porém, comunidades as quais eram situadas em morros foram destruídas e, consequentemente, forçando seus moradores a mudarem-se para regiões mais afastadas dos centros urbanos. Por decorrência desse episódio, a desigualdade socioespacial na cidade foi maximizada e seus efeitos persistem até o presente. É necessário frisar, por outro lado, que mesmo com a criação de alguns programas sociais, assim como o Minha Casa, Minha Vida, ter sido criado pelo Governo a fim de reduzir o deficit habitacional, o qual assola a nação, seus resultados foram pouco expressivos. Por outro lado, é papel dos Governos possuírem um papel no planejamento e gestão nos espaços de uma cidade. Todavia, durante os processos de revitalização ocorridos em diversas capitais nacionais, pioram ainda mais esse quadro. Nesse cenário, é importante lembrar da região Portuária, a qual foi revitalizada, em decorrência das Olimpíadas, a qual ocorreu no Rio de Janeiro, em 2016, em virtude do ocorrido, o custo de vida na área foi maximizado e isso pode fazer com que seus habitantes tenham que migrar para outras zonas da cidade, mais econômicas. E esse processo é um conteúdo, o qual é estudado pela Geografia e é conhecido como Gentrificação. Em vista do que foi mencionado, medidas são necessárias para que o deficit habitacional reduza-se no Brasil. Portanto, o Governo Federal deverá maximizar o orçamento do Ministério das Cidades, para que ele tenha condições de ampliar o número de imóveis construídos pelo programa social Minha Casa, Minha Vida, com o propósito de reduzir ainda mais o número de cidadãos sem casa. Ademais, caberá ao Ministério de Minas e Energia, incrementar seus investimentos na criação de um novo programa em prol da sociedade, no qual seria proposto a meta de energia elétrica sendo levada para cem por cento da população, com o intuito de reduzir o número de indivíduos, os quais residem sem energia elétrica diariamente.