Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Deficit habitacional no Brasil

Redação enviada em 11/04/2018

A partir da década de 1930,durante o governo de Getúlio Vargas,em virtude do êxodo rural propiciado pelo projeto de industrialização, um desorganizado processo de urbanização se iniciou no Brasil. Hoje, como uma das consequências dessa irregular construção das cidades, segundo o portal O Globo, todos municípios brasileiros apresentam moradias em condição de déficit. Nesse contexto, é mister analisar como a organização políticas das terras privadas, em consonância com os problemas de logística dos programas sociais vigentes, contribuem para que tal quadro se instaure com o objetivo de combatê-lo. Em primeiro plano, é importante destacar a Lei de Terras, criada no Segundo Reinado, como um dos fatores que cooperam para a segregação socioespacial e, por conseguinte, no assentamento de casas em áreas de risco, como encostas de morros. Por esse prisma, tal política, que estabelece que todas as terras desocupadas do território brasileiro só poderiam ser adquiridas mediante compra, impossibilitou que as pessoas mais pobres tivessem acesso a tais locais e, desse modo, pudessem construir as casas delas, obrigando-as a migrar para áreas mais periféricas das cidades. Prova disso é que, de acordo com o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, ‘’As mortes em decorrência de deslizamentos de terra estão relacionadas à ocupação de terrenos de alta declividade, principalmente pela população de baixa renda’’. Destarte, em função do difícil acesso à terra no Brasil, as classes mais baixas arriscam as vidas delas em construções feitas em relevo impróprio. Além disso, é fundamental ressaltar que, segundo o site Estadão, o Governo cumpre com menos de 14% da meta do Minha Casa, Minha Vida. Nesse viés, o descompromisso das organizações estatais expõe a parcela mais pobre da população a condições de degradantes de vida, tendo em vista que muitos dos indivíduos financeiramente desfavorecidos residem, por conta dos altos preços cobrados nas residências localizadas nas áreas centrais da cidade, em locais vulneráveis a enchentes, em função da escassez de serviços de drenagem, e, em relevo irregular, os quais, em períodos muito chuvosos, têm grande probabilidade de ocorrer deslizamentos. Dentro dessa lógica, direcionar investimentos para o programa social mencionado é essencial para que tais famílias sejam retiradas dessa situação de risco. Assim, portanto, medidas que visem lutar contra o quadro apresentado são urgentes. Com esse fim, as ONGs voltadas à defesa dos Direitos Humanos, usando as redes sociais como meio para mobilizar um grande número de pessoas, devem organizar protestos pacíficos com o intuito de pressionar os órgãos públicos no sentido de liberar verbas para que, por meio do Minha Casa, Minha vida, as classes mais pobres possa adquirir moradia em locais que não apresentem ameaça à vida delas. Logo, pouco a pouco, talvez o caos urbano criado a partir do governo varguista seja resolvido.