Sabe-se que a abolição da escravatura, ocorrida em 1888, concedida em lei, não amparou de forma social os escravos, desse modo agruparam-se em antigos quilombos, formando assim, as primeiras periferias. Ademais, em 1930, houve a Revolução Industrial Brasileira, que fomentou um dos maiores êxodos rurais no país, visto que os cidadãos em busca de melhores condições de vida deixavam os campos rumo as cidades, adensando um processo de ocupação irregular, do qual havia se iniciado há décadas anteriores, dessa maneira gerou, um viés para o início do déficit habitacional no Brasil. Indubitavelmente, o problema das habitações precárias foi intensificado, em virtude da crise econômica, e política enfrentados, hoje, pela população. Por conseguinte acabou influenciando diretamente o aumento dos déficits de moradias, pois parte das construções são feitas de forma irregular, e em locais de ribanceiras, ou perto dos leitos dos rios sem infraestrutura necessária, e sem permissão do órgão fiscalizador da cidade, gerando com isso, perigo eminente as famílias. Consequentemente, os riscos de tragédia em épocas de chuvas aumentam, pois estão sujeitos a enchentes e deslizamentos sendo obrigados, muitas vezes, a deixarem suas casas. Como resultado, há perda do lar, e o aumento do número de moradores de rua, em razão da precariedade de condições financeiras, gerando desse modo, um problema social sério, em que famílias inteiras acabam em situação de mendicância. Apesar da moradia ser um direito social, isso não está sendo garantido pelo Estado de forma eficiente. Fica clara, portanto, a necessidade de resolver esse impasse. O Governo Federal, por intermédio do Ministério das Cidades, deve colocar em prática, e de forma efetiva o programa Minha Casa. Minha Vida, com objetivo de melhorar as questões habitacionais da camada mais carente, por meio de financiamentos a juros baixos e prestações acessíveis aos cidadãos de baixa renda, além dos Municípios por meio da defesa civil fiscalizarem e interditarem construções irregulares, a fim de preservarem as vidas das pessoas em questão.