O deficit habitacional no Brasil está intimamente ligado à urbanização desordenada. Embora o país tenha, historicamente, tornado-se urbano somente na segunda metade do século XX, houve um crescimento acelerado da população somado à intensificação do processo de industrialização. Todo esse conjunto de aspectos, então, contribui para as faltas de estrutura e condições habitacionais. É preciso perceber que esse desordenamento ajuda a ascensão de formação de favelas no país. O processo de favelização, infelizmente, é bem alto nas regiões de São Paulo e Rio de Janeiro, cujo índice de violência, consequentemente, é alarmante. A construção e a reforma de mais casas, por isso, são substanciais para a redução de favelas e a diminuição da criminalidade. Outro processo de transformação urbana, além disso, é a gentrificação, cujo fenômeno consiste em "expulsar" a comunidade de baixa renda, em razão da chegada das camadas mais ricas. Com isso, a classe menos favorecida é, covardemente, obrigada a procurar abrigo em violentas comunidades ou, de outro modo, ficar pelas ruas. O investimento em programas como o Minha Casa, Minha Vida, portanto, é fundamental para acabar com o deficit habitacional no Brasil. O governo federal precisa considerar a aceleração urbana, bem como o desenvolvimento industrial, a fim de que haja uma crescente proporcional entre a população e a habitação pública.