A carência de habitações adequadas tem aumentado gradativamente no Brasil, relacionando-se com a falta de planejamento urbano. Além disso, a formação de favelas contribui para a proliferação de doenças. Ao mesmo tempo, a dependência das pessoas ao aluguel impede a procura por melhores condições de moradia. Está previsto na Constituição Federal do Brasil que toda pessoa tem direito à moradia digna, cabendo ao governo a melhor organização, no entanto, as esferas governamentais utilizam a reserva do possível, que consiste em afirmar que o poder público não tem todos os recursos necessários para melhor efetivar um direito. A partir disso, as pessoas formam comunidades em lugares impróprios, em que o governo não consegue controlar os princípios básicos, como higiene e combate à doenças, ocasionando também em incêndios nos locais feitos pelas ligações elétricas clandestinas. Por outro lado, o déficit habitacional é mascarado pelo aluguel de moradias, sendo que muitas pessoas dividem o mesmo espaço sem a menor privacidade, pois o valor dos aluguéis não condiz com a renda da sociedade. Sendo assim, as pessoas não tem oportunidade para adquirir a casa própria, ao passo que a recessão econômica no Brasil reduziu os planos habitacionais criados pelo governo. A redução dos problemas de habitação no Brasil está, portanto, condicionado às medidas do governo. A partir disso, os Governos Federal, Estaduais e Municipais devem reduzir o auxílio moradia dos servidores públicos que possuem altas remunerações, e investir o dinheiro arrecadado em moradias em locais adequados para retirar as pessoas das comunidades vulneráveis.