Título da redação:

Os desafios da sexualidade no Brasil atual

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 29/03/2017

Atualmente, a tecnologia permite o livre acesso a qualquer tipo de conteúdo. Jovens que antes tinham pouco contato com conteúdos eróticos, hoje, com a quantidade de informações e por pressão social dos colegas acabam por consumir tais conteúdos no afã de provarem para si e para os outros que não são crianças. A hipersexualização virou um problema crônica em nossa sociedade, haja vista que os indivíduos não descobrem a sexualidade aos poucos, mas são apresentados a ela de forma brusca. Seja através de músicas que fazem apologia ao sexo, seja através de conversas ou filmes que vendem conteúdo erótico – ainda que velado –, o jovem desperta para a sexualidade de forma desordenada. Educação sexual não é tema recorrente em escolas, e é tabu na sociedade, portanto, os pais também o evitam. Desta forma, ao passo que o adolescente tem acesso a todo o tipo de conteúdo, falta-lhe informação e conhecimento. E o resultado desses fatores sociais sobre o sexualidade dos jovens fica evidente no crescente número de DST's, segundo o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, “Os jovens estão deixando de se cuidar porque simplesmente não temem as doenças transmitidas pelo sexo”. O dado assustador: no Brasil, os casos de aids nos adolescentes entre 15 e 19 anos cresceram de 2,8 para cada 100 000 habitantes em 2006 para 5,8 a cada 100 000 pessoas em 2015. Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita com mais de 100.000 alunos do 9º ano do ensino fundamental, entre 13 e 15 anos, mostra que, em 2015, 66% tinham usado camisinha na última relação sexual — uma redução preocupante em relação a 2012, quando 75% revelaram ter posto o preservativo. dessa forma, a onipotência típica da adolescência faz com que os seres, para tentarem se afirmar, inicie suas vidas sexuais, muitas vezes, mais cedo do que deveriam. Isso dá a eles a falsa sensação de que são totalmente adultos e cada relação sexual é transformada em um troféu perante aos outros. Entretanto, eles são imprudentes e menosprezam o uso de preservativos, por exemplo, negligenciando a contração das doenças sexualmente transmissíveis, por acharem que a gravidez é o único problema de uma relação sem prevenção e por conhecerem a famosa pílula do dia seguinte. Portanto, conclui-se que, para que os jovens tenham uma vida sexual saudável, a escola, deve ministrar tempos de orientação sexual, seja por meios de palestras, debates ou campanhas de conscientização de profissionais, principalmente, da área da saúde enfatizando a realidade vivida nos hospitais e maternidade do país. Os pais devem deixar o tabu de lado e conversar mais com seus filhos, a fim de orientá-los. O Estado deve criar disciplinas no currículo, de escolas públicas e privadas , como "Educação sexual e Cidadania" ou "Sexualidade e DST's" para que instiguem ao pensamento crítico em relação ao assunto e obtenham as informações de uma fonte segura.