Na década de 1970, quando a população urbana ultrapassou a rural, percebeu-se o início da queda de uma taxa em específico: a de natalidade. As melhorias e o aumento do custo de vida, além do acesso à métodos contraceptivos foram fatores que colaboraram para a redução dos nascimentos em nosso país. Apesar disso, sabe-se que a quantidade de adolescentes grávidas é alarmante no Brasil, o que tem como principais causas o descaso com o uso de métodos contraceptivos e a ausência da realização de planejamento familiar. A primeira é bastante evidente na sociedade brasileira. A fluidez das relações no mundo contemporâneo, que explica a modernidade líquida de Zygmunt Bauman faz com que os jovens, que acreditam estarem repletos de sorte e isentos das consequências do seco, muitas vezes não se preocupam com o uso da camisinha, que tanto impede a transmissão de DSTs quanto evita a gravidez. Além disso, a falta de conhecimento contribui para a atividade sexual sem preservativo, o que é mais notável nas classes mais pobres. A outra, a ausência do planejamento familiar, tem índices altos no Brasil. Com uma estrutura familiar fragilizada e desprovida de informações acerca do assunto, os pais não prestam auxílio aos filhos. Muitos nunca tiveram a oportunidade de conversar com os progenitores sobre o tema e, com o precoce início a vida sexualmente ativa em virtude da dinamicidade social, ficam vulneráveis, o que pode resultar numa gestação malquista. Visto que o problema da maternidade precoce afeta todo o país, nota-se a necessidade de intervenção nacional. Os governos estaduais devem educar as famílias, realizando planejamento familiar e mostrando, também, as consequências de uma gravidez indesejada. Acresce ainda a distribuição de preservativos por meio dos correios, incentivando, assim, o uso delas. Ademais, as escolas devem abordar cuidadosamente o tema em palestras e aulas de biologia, visando conscientizar os jovens da necessidade de precaução quando o assunto é sexo.