É considerada gravidez precoce qualquer gestação antes da mulher completar 20 anos, pois o seu corpo ainda não está totalmente desenvolvido para abrigar um feto. No Brasil, graças aos avanços dos métodos contraceptivos, o número de gestações precoces tem reduzido nos últimos anos, porém, ainda representa 20% do total de partos, de acordo com dados da OMS, tal estatística é alarmante. No que se refere à gravidez prematura, pode-se afirmar que essa gera implicações sociais, tendo em vista aumentar os riscos de vida para mãe e a criança, por conseguinte, o alto índice de mortalidade infantil brasileiro decorre, em muitos casos, de uma gravidez na adolescência, pois essa possui maior chance de apresentar quadros de má nutrição, carência de nutrientes, abortos espontâneos e partos prematuros. Esse fato é responsável também por reduzir o IDH brasileiro, já que esse índice é atrelado à mortalidade infantil. Além dos problemas exclusivos da progenitora, também há consequências negativas para os pais, afinal, é recorrente que esses precisem abandonar a vida acadêmica e ser inseridos imaturamente no mercado de trabalho para sustentar o filho não planejado. Em virtude de tal fato, a escolaridade média desse grupo de pessoas é bem menor do que a do grupo de pessoas que tiveram filhos em idade adequada. Entende-se, portanto, que é necessário minimizar a ocorrência da gravidez prematura. Para tal, o Ministério da Saúde deve aumentar a oferta de métodos contraceptivos, como preservativos, dispositivo intra-uterino e implante, distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e direcioná-los para jovens. Paralelamente a isso, o Ministério da Educação deve fomentar a criação de um ambiente de educação sexual nas escolas públicas voltado aos jovens do ensino médio, através da promoção de palestras e discussões sobre o tema, visto que de nada adianta os adolescentes terem acesso à métodos anticoncepcionais caso não saibam usar.