A gravidez precoce vem se tornando pauta constante nos órgãos responsáveis pela saúde. Jovens de classes mais abastadas, optam pela prática ainda ilegal do aborto, posteriormente deixando a decisão em sigilo absoluto. Porém, nos setores mais desfavorecidos, é comum encontrar adolescentes iniciando a vida sexual precocemente e, depois, serem obrigadas a enfrentar os desafios da maternidade. Problemas esses que podem ter início dentro do próprio ambiente familiar. Um núcleo doméstico desestruturado, com pais e mães não presentes na educação de suas filhas, as ensinando e alertando sobre as mudanças provocadas pela puberdade, se torna um terreno fértil para o desconhecimento, que pode resultar em atividades danosas para a saúde da adolescente. A prática sexual sem o uso de preservativos, além de provocar a ainda imprópria gravidez, pode ocasionar diversos tipos de doenças. Após o ato e a confirmação da nova condição sexual, a jovem mãe ainda encontra obstáculos de natureza social. Sem condições econômicas para sustentar uma criança, muitas vezes a responsabilidade sobre as mesmas recai sobre os ombros da vovó materna. Recentemente, com a proliferação do vírus da Zika, diversos recém-nascidos foram diagnosticados com microcefalia, uma má formação na caixa craniana, complicando ainda mais a situação das progenitoras. A falta de recursos nos hospitais e postos de saúde para o adequado tratamento, faz com que as recentes mães se sintam desamparadas tanto por familiares, como pelo Estado. Sendo assim, são necessárias providências por parte do Governo para com a situação. Os Ministérios da Saúde e Educação, trabalhando conjuntamente com suas respectivas secretarias estaduais, poderiam ministrar palestras e aulas especiais sobre as consequências da gravidez precoce e do sexo sem proteção, distribuindo cartilhas e até mesmo preservativos. Reuniões essas que ocorreriam na presença de pais e responsáveis, para que a conversa se estenda para o ambiente doméstico.