No filme Juno, uma adolescente, interpretada por Ellen Page, descobre estar grávida. Ela pode escolher entre duas opções, o aborto ou a adoção. Nos EUA esta situação pode ser considerada chocante, já no Brasil, é mais comum do que imagina, tendo casos e mais casos registrados todos os dias. Primeiramente, vale ressaltar, que o filme Juno difere muito da situação atual do país. Entre os contrastes, observa uma personagem branca, de classe média e que vive em um país desenvolvido. Já a maioria das adolescentes grávidas brasileiras são negras e da periferia, isso de acordo com a Organização Mundial Saúde (OMS). Reflexo da grande desigualdade do país. Essas jovens são as que têm menos recursos para o acompanhamento médico de uma gravidez, menos estrutura familiar e menos apoio, tanto do governo, como do companheiro. Outra questão bem diferente é o fato de que essas adolescentes não tem muita escolha. O sistema de adoção é falho e lento, cheio de burocracia que leva-nas a fazer atos horríveis como abandono. Além do mais, o aborto é criminalizado no Brasil, porém isso não impede ele de acontecer. Clínicas clandestinas, remédios, ervas, chás de origem suspeita são as opções que restam e com eles as mortes de milhares de mulheres, inclusive adolescentes. Conclui-se então, que junto com a gravidez precoce, diversas consequências surgem, mas existem soluções eficazes. Por tratar, em grande parte, de jovens entre 15 e 18 anos, o Mec deve implementar na grade curricular do ensino médio, aulas de sexualidade e gênero. Educação sexual em casa e na escola. Além disso o Ministério da Saúde deve criar uma equipe de agentes de saúde composta por obstetra, pediatra, psicólogo que atue dentro dos Postos de Saúde Familiar (PSF), mas que também tenham condição de deslocar-se para áreas mais pobres como a favela. Com essas duas medidas poderia começar uma conscientização entre os adolescentes, contudo também haveria atendimento para jovens mães.