Gravidez precoce é aquela que, por definição, ocorre quando o corpo da mulher ainda não apresenta condições adequadas para sustentar uma gravidez de forma saudável. Esse termo é usado como análogo a “Gravidez na adolescência”, pois, devido à faixa etária (considerada de 10 a 19 anos pela Organização Mundial da Saúde), pode desencadear uma variedade de complicações e até uma gestação de alto risco, devido á falta de maturidade anatômica e fisiológica dessa classe de gestantes. No Brasil, esse problema se mostra recorrente, visto que, segundo o Ministério da Saúde, 70 a cada mil meninas se tornam mãe anualmente. Em primeiro lugar, nota-se que o ato sexual ainda é tratado como um tabu na sociedade, principalmente quando a conversa entre pais e filhos se torna cada vez mais escassa, dificultando o acesso à informação de modo claro e forçando os jovens a irem em busca de referências fora de casa, que podem ou não redirecioná-los a caminhos de informações corretas e seguras. Quando não bem direcionados, estes podem seguir percursos que geram várias consequências negativas, como o sexo inseguro e a gravidez precoce. Em segundo lugar, é possível observar que a mídia, constantemente, cultua um erotismo exagerado do corpo, pregando avidamente a liberdade sexual em novelas, filmes, propagandas, entre outros meios de entretenimento. Por outro lado, não chama atenção para os riscos físicos do sexo na mesma proporção, influenciando negativamente o crescimento saudável da vida sexual de cada indivíduo, forçando, indiretamente, um amadurecimento prematuro. Entende-se, portanto, que a gravidez na adolescência é um problema de saúde pública que deve ser debatido e combatido. Para isso, é necessário que a escola, com o auxílio de psicólogos, ofereça palestras sobre o tema para os pais e alunos, a fim de informar sobre o assunto e também trazer à tona a questão dos métodos contraceptivos e sua fácil obtenção em postos de saúde regionais. Ademais, é valida a criação de campanhas e propagandas publicitárias, pelas principais emissoras televisivas, evidenciando os riscos do sexo não seguro, com o objetivo de incentivar o crescimento saudável da classe jovem. Desse modo, se essas alternativas forem aplicadas, é possível que, gradativamente, a maternidade precoce diminua no Brasil.