Título da redação:

Imaturidade + irresponsabilidade: obrigação precoce.

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 24/02/2017

A Organização Mundial de Saúde (OMS) dispõe que a gravidez precoce acontece dos 10 aos 19 anos, sendo que, cientificamente o corpo feminino pode gerar um novo ser humano a partir da primeira menstruação, mesmo sem uma completa formação do organismo para essa concepção, que se torna completa somente após os 20 anos. Até meados dos anos 90 após o casamento a mulher estava apta a ter filhos, podendo não ter idade, mas dispondo de estrutura familiar e financeira. Com a evolução, as pessoas passaram a manter o foco em carreiras promissoras e as gravidezes então foram deixadas para segundo plano, o que gerou uma leva de relações instáveis, tendo ao alcance várias novas pessoas. Alguns fatores ainda pertinentes no país podem estar associados a origem desses relacionamentos, como por exemplo, famílias menos rígidas quanto aos cuidados e criação dos adolescentes, desestruturas familiares, formação educacional, redes socais e a imaturidade. A facilidade em ter em mãos tudo o que o mundo e a mídia dispõem, resultou com o passar do tempo adolescentes que absorvem somente o que lhes convém e consequentemente, relacionamentos não duradouros além de gravidezes indesejadas. A falta de preparo físico e mental para a adolescente que está em estado gestacional afeta um círculo de pessoas, tanto psicologicamente quanto financeiramente. Visto do ponto psicológico, a imaturidade para criar um filho e a irresponsabilidade faz com que a família assuma mais um compromisso em manter o estado de saúde dos dois por falta de preparos do casal em ter a criança. Por outro lado, segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), no pais acontecem mais de 474.016 mil gestações precoces, número um tanto alarmante tendo em conta que são adolescentes, o que gera para o Sistema Público de Saúde (SUS) despesas de mais de 540 milhões anuais, ou, cerca de 2.293,00 mil por paciente, isso em um estado normal de saúde gestacional. Porém, como são mulheres ainda em estado de formação os riscos aumentam significativamente, podendo resultar em má formações, nascimentos prematuros, carência nutricional além de abortos espontâneos. O número de mulheres com pouca idade registradas em estado de gravidez se torna cada vez mais recorrente, mesmo dispondo de todos os tipos de informações contraceptivas desde o ensino fundamental aos meios cotidianos em que estamos inseridos. Precisa ser revisto o papel que os pais têm tomado quanto a educação de seus filhos, o tipo de informação que eles absorvem e a pessoas com que convivem, além de campanhas sobre contraceptivos para curto e longo prazo destinados a adolescentes, objetivando números menores relacionados a adolescentes gravidas.