A gravidez na adolescência é uma consequência que vem ganhando cada vez mais espaço na sociedade brasileira. De acordo com a Organização das Nações Unidas (OMS),há mais de um milhão de bebês oriundos de mães com idade entre 10 e 19 anos. Muitas dessas jovens ainda não possuem um vínculo matrimonial com seus parceiros, nem condições financeiras suficientes para cuidarem de um filho sozinha. Tais fatos além de apresentarem riscos físicos e psicológicos as gestantes, afetam a economia nacional. A maioria das adolescentes grávidas predomina-se em regiões mais pobres. Tal fato não só trás consequências negativas para os pais, como também para toda família e economia brasileira. Sem condições para utilizarem o sistema de saúde privado as adolescentes carentes necessitam ao equivalente a R$ 2293,00 reais por gestação, segundo dados confirmados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A predominância da desigualdade fecundativa em camadas sociais brasileiras sugere razões destinadas à falta de conhecimento de métodos contraceptivos e, sobretudo da educação sexual nas populações com baixa renda. Além de problemas sociais e econômicos, a gestação precoce pode trazer sérios riscos para a saúde das jovens. Como antes dos 20 anos, o corpo da jovem não apresenta total desenvolvimento apto a receber ou gerar um filho, problemas no parto podem vim a aparecer. Outra questão que vale ressaltar se relaciona ao aumento de abortos, como a rotina de um bebê requer muita atenção e disponibilidade, muita dessas meninas precisam abandonar os estudos e festas. É em detrimento desses momentos, que muitas jovens acabam propiciando o aborto predominantemente clandestino. Entretanto medidas para reverter esse panorama devem ser implantadas. Cabe ao governo e Ministério da Educação, priorizar nas salas de aulas desde o início da puberdade dos alunos, tanto em escolas particulares como em publicas, o incremento de matérias destinadas à educação sexual, pois como cita Immanuel Kant, “o ser humano é aquilo que a educação faz dele”. A distribuição de panfletos através da mídia alertando os jovens sobre os riscos de uma gravidez precocemente e de futuros abortos, também contribuirão para o melhor desenvolvimento da nação.