Título da redação:

Gestantes de problemas nacionais

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 22/10/2016

Gravidez precoce é, de acordo com a OMS, a gestação de bebês em mulheres de idade entre 10 anos e 19 anos. Essa condição é uma realidade bastante presente no Brasil, já que um a cada cinco partos é de gravidez precoce; é também um dado preocupante, pois pode ser indicador da situação social e da saúde pública do país. Dessa maneira, adolescentes grávidas correm grandes riscos que ameaçam suas vidas. Seus organismos não são completamente desenvolvidos para suportar um bebê. Além disso, após o parto, a maternidade exige grandes responsabilidades à mãe quanto aos cuidados ao filho, exaurindo-a psicologicamente e privando-a de uma vida jovem regular. Desse modo, uma adolescente grávida, que normalmente estaria se desenvolvendo em meios escolares, torna-se dependente e com a saúde física e mental prejudicada, e, visto que acontece num grande número de jovens pelo país, isso surge como um problema de ordem nacional. Contudo, a gravidez precoce não é só reflexo de uma saúde pública ineficiente, mas também de uma desigualdade social, porquanto essa conjuntura é relatada em maior número nas classes menos favorecidas economicamente. Esse fato sugere que o conhecimento sobre os riscos de uma gravidez precoce e de métodos contraceptivos não alcança a população mais pobre. Sendo assim, é possível concluir que a educação, sobretudo a educação sexual, é um privilégio financeiro, o que configura um erro numa nação democrática. Diante disso, são necessárias mudanças para a solução desse impasse. É dever do Estado disponibilizar uma grande quantidade de médicos ginecologistas e obstetras, objetivando um acompanhamento pré-natal e durante o parto e assegurando a saúde física das jovens gestantes. Além disso, o governo deve distribuir unidades de atendimento médico especializadas para essas adolescentes, de modo que abranjam todos os estados brasileiros e todas as classes econômicas. Por fim, da perspectiva social, o poder público, com o Ministério da Educação, poderia executar campanhas de conscientização, espalhando cartazes e desenvolvendo aulas em escolas com ensinamentos sobre educação sexual, principalmente, nas regiões mais pobres. Assim, haverá, gradativamente, uma sociedade menos desigual e mais saudável.