Título da redação:

Gest(aç)ão do ser

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 23/10/2016

A precocidade presente na realidade brasileira atual mostra o quanto somos ignorantes criticamente no momento em que visualizamos a sexualização infantil em cenas cotidianas e ignoramos sua existência, não fornecendo assistência e acesso democrático a esses indivíduos ainda imaturos quando surge uma gravidez precoce. Por conseguinte, deve-se manifestar contra a exposição abusiva de nossas crianças para manter sua ingenuidade intacta e seu crescimento natural e sadio. No cenário em que a atual geração convive, a musicalidade, vestimenta, cultura e informação tendem a um lado pejorativo e adulto, principalmente no público entre 10 a 18 anos e nas meninas. Esses fatores influenciam na sua formação como indivíduos conscientes ou não e pode acarretar em problemas tanto para a criança quanto para sua família, envolvendo um gasto maior com uma segunda vida não esperada e até expulsão de casa. Precisa-se destacar, no entanto, que a culpa não é exclusivamente do meio e da criança, como também da fase em que essas pessoas se encontram, geralmente em um mundo cercado por descobertas das drogas, primeiros passos independentes dos pais, pensamentos mais concretos e confusões hormonais, além de influência dos amigos e vizinhos. Por mais que aparentem donos de si, a maturidade é um fator biológico e se é mostrada por alguns jovens de maneira concreta em relação à de pessoas mais velhas não pode ser utilizada para justificar uma maior autonomia, pois a exibição de maior noção e boa criação não pode se sobressair à um fato. Assim, quando essa maior autonomia é cedida, alguns voltam das ruas com a necessidade da gestão de um ser, sem oferecer explicações ou avisos prévios, buscando mais do que nunca o apoio e compreensão dos parentes. E carecem de serem recebidos de braços abertos, sem preconceito ou fuga de responsabilidade dos pais, que desejaram os colocar no mundo e tomam suas decisões nos momentos mais difíceis, como um possível aborto. Nota-se, portanto, que a família deve ser rígida mesmo quando taxada de chata e precisa buscar conhecimento acerca das informações que entram em contato com seus filhos, do mesmo modo em que os centros de convivência necessitam de transparência e conselho para ambos os grupos citados. Atitudes governamentais também são uma obrigação, que vai muito além de campanhas de preservativos e cartazes urbanos, numa tentativa de prevenir futuros casos e controlar a gestão dos seres que entrarão dessas criações e que caracterizarão novas sociedades.