Crianças. Jovens. Adultos. Idosos. Isso representa, de fato, as fases que o ser humano deve ou deveria passar ao longo da sua vida. Não obstante, essa segunda, no contexto brasileiro, parece inexistente, uma vez que são elevados os números de gravidez na juventude. Dessa forma, elas e eles são obrigados a lidar com certos conflitos e dificuldade cada vez mais cedo. Assim, urge-se algumas medidas para minimizar essa problemática. Antes de tudo, com a gestação, os adolescentes são, precocemente forçados a amadurecer tanto organicamente quanto socialmente. Sem dúvida, a gravidez é um processo que muda e mexe com o corpo feminino. No entanto, quando ele não está preparado, os riscos para a mãe como, também, para o feto são muito elevados. A jovem progenitora, além da facilidade do aborto, pode desenvolver problemas ou complicações nos ovários, útero, hormonais, entre outros, decorrentes de uma resposta do organismo a esse estado. Ademais, os pais são impelidos a lidar com dificuldades e tomar atitudes que não fazem parte dessa fase. Nessa perspectiva, a vida escolar e profissional de muitos adolescentes é interrompida o atrapalhada, visto que, para cuidar da criança, requer responsabilidade, dedicação e atenção plena, além de meios para custear suas necessidades básicas. É importante ressaltar, ainda, que outros problemas advindos da maternidade precose é o comum desmantelamento familiar. Como, em grande maioria dos casos, os relacionamentos são imaturos, as bases de uma família são voláteis. Desse jeito, nessa fase, os números de separações são elevados por falta de perspectiva e, com isso, os mais afetados são as crianças frutos desses relacionamentos, já que, em quase sua totalidade nessas circunstâncias, eles são abandonados ou adotados pelos avós ou ficam mal assistidos. Então, devido a essa pouca maturidade, planejamento e orientação, muitos lares são desfeitos e o fruto disso, o qual, mesmo sem culpa, é deixado de lado e desconhece o auxílio e participação dos seus genitores. Pode-se evidenciar, portanto, que a gravidez na juventude no Brasil é um grande problema que compromete a naturalidade das fases da vida do indivíduo. Para que isso mude, primeiramente, o Estado e os municípios, através das secretarias de assistência social, devem desenvolver e fortalecer os núcleos de assistência a gestante precoce, com o auxílio de psicólogo e médicos, a fim de reduzir os riscos de doenças e complicações tanto para mãe quanto para o feto e orientar os pais sobre a importância deles no desenvolvimento saudável do filho. Outrossim, Ele e as secretárias de educação podem promover programas de incentivo à profissionalização e continuidade escolar, através de auxílio pecuniário, com vistas a atrair os jovens pais e possibilitar um futuro mais promissor. Por fim, escolas devem orientar seus discentes, desde a mais tenra idade, inserindo a discussão em disciplinas, como sociologia, com o intuito de desenvolver cidadãos mais esclarecidos, conscientes e preocupados com esse problema social. Sendo assim, todos as fases da vida terão seus significados.