Título da redação:

Entreveros da maternidade precoce

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 11/07/2018

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a gravidez na adolescência é a que ocorre entre os 10 e 20 anos de idade. Nesse sentido, tal problemática vem ganhando grandes e preocupantes proporções nos últimos anos no Brasil. Dentre os principais motivos para o recrudescimento da chaga social, destacam-se a desestruturação familiar e a ausência de informações plenas. A priori, é notório que as tensões no âmbito doméstico aumenta o problema social no país. Isso decorre, lamentavelmente, devido ao rompimento das relações entre os pais dos jovens no seio familiar acarretando, muitas vezes, no aumento da dificuldade do diálogo sobre a questão da gravidez na juventude e, por consequência disso, a uma emergência da liberdade sem responsabilidade dos menores diante do caso delicado. Tal situação rompe com o conceito habersiano da "Ação Comunicativa", na qual o consenso sobre algo só pode ser alcançado através da conversação. Logo, é necessário a busca de meios para a restauração da conversa esclarecedora do assunto no meio privado. Além disso, nota-se, ainda, que a desinformação é um agravante da epidemia social. Isso acontece,infelizmente, porque o Estado, limita-se a campanhas esporádicas sobre a temática primando apenas pelo conhecimento superficial a respeito, sobretudo, dos métodos contraceptivos e relegando, frequentemente, a conscientização e o impacto sociobiológico da maternidade precoce, como,por exemplo, a possibilidade da criança nascer com más formações. Nessa perspectiva, há uma ruptura com a concepção rousseauniana de contrato social, em que o Governo, por meio do poder, manteria as regras e vantagens igualmente para todos. Dessa forma, é necessário um maior respaldo governamental a respeito dos riscos na gravidez adiantada. Infere-se, portanto, que a adoção de medidas capazes de assegurar a maternidade no momento adequado torna-se imprescindível. Faz-se necessário que a governança, na figura do Ministério da Saúde, crie uma campanha, em regime de urgência, direcionada aos bairros carentes dos grandes centros urbanos, composta por médicos e psicólogos, que prime essencialmente na orientação acerca da necessidade do uso correto de mecanismos anticoncepcionais e na elucidação dos riscos sociais e biológicos de uma pretensa gravidez prematura, com a finalidade de conscientizar a população mais vulnerável sobre a questão.