Hodiernamente, a taxa de fecundidade brasileira encontra-se abaixo do índice assegurado para reposição populacional. Entretanto, há um crescimento de casos constituídos como "gravidez precoce". Diante disso, faz-se necessário analisar o contexto de ocorrência destes fenômenos, Primordialmente, a inserção da mulher no mercado de trabalho, a economia atual, o acesso ao ensino superior e o desenvolvimento de métodos contraceptivos, são apontados por economistas como principais fatores determinantes para a baixa - e tardia- fecundidade. Entretanto, tais avanços e beneficências despontam eficácia e alcance seletivo quando em paralelo à crescente problemática da gravidez na adolescência. Nesse ínterim, evidencia-se um paradoxo em decorrência de um assistencialismo falho e ainda, com agravante de conjuntura: a adolescência. Ademais, projetos sistemáticos à nível escolar são inexistentes, sustentados pela falta de verbas ou ainda pelo conservadorismo. Outrossim, tabus acerca da sexualidade somente fomentam a ignorância e o preconceito, visto que, estudos levantados pela Unesco constataram idade de iniciação sexual tardia e -ou- responsável onde a educação sexual consistia no currículo escolar. Em suma, torna-se evidente diante dos fatos supracitados, a importância e eficácia da intervenção do sistema educacional como forma de prevenção da gravidez na adolescência. Outrossim, indispensável e de urgência, dada a conjuntura atual de sexualização precoce e informatização. Haja vista também, que em muitos núcleos familiares o diálogo e elucidação acerca da sexualidade -na maioria das vezes- é inexistente. Dessa forma, o sistema educacional deverá instituir no currículo escolar palestras de ampla abordagem - DST'S, gravidez, métodos contraceptivos,- com apoio de profissionais do sistema de saúde. Bem como, a elaboração de cartilhas específicas para a educação de pais, tutores, e responsáveis, a fim de estabelecer, uma relação de confiança com a(o) jovem conferido-lhe responsabilidades.