Título da redação:

Dificuldades da gravidez precoce

Tema de redação: O problema da maternidade precoce no Brasil

Redação enviada em 08/11/2016

A maternidade precoce no Brasil é um grande problema a ser discutido pois envolve vários eixos da sociedade e gera consequências que traçam o desenvolvimento do país. Ser mãe na adolescência implica talvez largar os estudos, arrumar uma profissão, mesmo que mal remunerada, e abrir mão dos prazeres da mocidade para arcar com uma grande responsabilidade. Entretanto, apenas esses fatores não são os únicos que englobam as dificuldades que uma mãe nessas condições podem sofrer, dentre eles está o abandono da família e ou do namorado para com a mãe, a saúde ainda inapta para o desenvolvimento saudável da criança e o índice alarmante de abandono de incapaz. Atualmente, é muito comum encontrar casos de adolescentes que foram abandonadas pelas famílias pois não aceitaram a gravidez precoce das filhas, também é muito comum a rejeição da criança por parte do pai, mas isso se deve ao que? No Brasil que conhecemos a algumas décadas atrás, com uma família tradicional e extremamente patriarcal onde casamentos eram arranjados para manter-se uma herança ou algo do tipo, era intolerável que a mulher não se casasse virgem, ou que engravidasse de alguém que não foi predestinado a ser seu marido. Essa herança cultural foi preservada e carregada por um tempo, até que os padrões começaram a ser quebrados por mulheres fortes que não precisaram de maridos para sustentarem seus filhos, pois trabalhavam e eram dignas de seu salário. A puberdade se inicia com o início da menstruação para as mulheres, entre os 12 a 17 anos, e nessa fase todo organismo sofre mudanças para tornar-se apto a gerar um bebê. Nessa fase as condições fisiológicas, hormonais e anatômicas estão em constante mudança, e ficar grávida dentro dessa faixa etária significa enfrentar vários riscos, desde doenças psicológicas como depressão pós parto ou transtorno de ansiedade generalizada (TAG), a doenças físicas como diabetes gestacional, infecções urinárias e anemia. Diante de condições precárias como o abandono dos pais, da família e do parceiro, algumas gestantes recorrem a medidas desesperadas como o aborto ou abandono da criança logo após o nascimento. Entretanto, a sociedade sofre de modo geral com a consequência desses atos. O abandono do incapaz significa colocá-lo sobre a jurisprudência da lei, num abrigo para crianças abandonadas, onde ele terá que encarar uma infância solitária e sem a figura materna e paterna que é decisiva para a construção do caráter do indivíduo. Portanto, algumas medidas devem ser tomadas para amenizar as consequências desses atos na sociedade. Dentre eles, está a prevenção com campanhas nos postos de saúdes para o uso de preservativos e anticoncepcionais, e também o acompanhamento eficiente com o pré-natal pelo SUS para dar a chance a mãe de ter um parto saudável no âmbito físico e psicológico. O investimento por parte do governo em campanhas de conscientização de jovens sobre sexualidade, pode também ser uma medida efetiva, visando que atualmente ainda há certo “tabu” em relação a isso, pois segundo a Teoria do Determinismo “o homem é produto do meio”, porém, Darwin equivocou-se ao dizer que as ações do homem não só dependem de fatores sociais de seu meio, mas primordialmente da maturidade e compreensão dos seus atos.